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Nascemos com a missão de descobrirmos quem somos, porque somos, e para onde vamos quando não mais existirmos. Nessa busca, muitos se perdem pelo caminho, entre retornos, atalhos, abismos... E muitos se encontram exatamente quando reconhecem que estão perdidos.

Olhar para o alto não deveria ser um simples gesto de contemplação do universo, mas um reconhecimento de fragilidade, de reflexão, de ânsia por conhecer o que está “por trás das cortinas” ora azuis, cinzas, ora em negritude com enfeites luminosos.

Nosso ser percorre eternos conflitos, entre ser, não ser, querer e poder. Entre viver e não viver, amor e ódio. Somos complexos, perplexos quando surpreendidos por atos falhos, que revelam uma natureza em desarmonia com a perfeição do Criador. E no principio, tudo era bom (Gn 1:31), por que então este mal nos assola?

De mãos perfeitas, sopro de vida, espírito sem o qual jamais viveríamos, fomos formados. “Adamah”: solo, chão, pó, de onde viemos e para onde retornaremos. Amados, desde o ventre, acalentados em graça latente, paridos para o contentamento, por que então não conhecemos?

Quem com toda sua força conseguiria erguer o sol ao seu poente, nascente? Quem controlaria o tempo, o meu tempo desde o primeiro sorriso ao gemido da velhice? Quem conseguiria decifrar a harmonia da rotação dos planetas, o curso das águas, o vôo dos pássaros? Quem, tão igual a mim, faria tais prodígios?

E essa força, chamada liberdade, que me conduz a veredas eternas? E essa voz que nos traz felicidade, dizendo que existe recomeço? De onde vem, a esperança, a fé e o amor que nos completa, de tal forma nos fazendo únicos? De onde vem essa dádiva que me permite ver o belo, sonhar com o amanhã, e cantar melodias diferentes?

Por que encontrar O caminho se torna tão difícil para alguns? Por que se negam a ver, ainda que tardiamente? Essa desvirtude de optar pela infelicidade é breve. É uma densa treva, que ofusca a visão, corrompe o coração. Se viver se torna em pesar, é por que “outras mãos esculpem” Adamah, o pó, gerado em amor. É a mão do enganador.

O universo conspira a teu favor, está escrito em cada partícula de segundo: “Retornas a Mim”. É o Pai quem vos chama, desde sempre, desde o sêmem. Sem linguagem, sem fala ouve-se a voz de Deus a te chamar. No silêncio, Ele te chama.

No murmurinho do mundo, Ele também te chama: “E porque sóis filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de Seu Filho, que clama: Aba Pai. Assim já não és mais servo, mas filho, e se és filho és também herdeiro de Deus por Cristo” Gl 4:6, 7.Sua vitória está escrita. Por toda parte. O Pai te espera, simplesmente porque te ama.

Wilma Rejane.

2 comentários:

Pitadasdilu disse...

Lindo! Como é bom quando encontramos o caminho, como é bom deixar ser conduzida pelo Pai.
Um ótimo domingo e feriado.
Bjos, Lú.

Tretswelt disse...

obrigada irma pelas palavras..estou passando por situacoes assim...Que deus abencoe o seu dia.Boa semana abencoada.Bjos.Luciene.