Principe da Paz

Dizem que a primavera é a estação das flores, onde brotam o colorido, os amores
E eu nem sabia dizer qual o tempo se passava em mim. Se vivia o melhor, ou o pior.
Tudo que sei é que quando Você chegou, percebi que havia uma época e um lugar
Onde sempre sonhei estar.

Não era bem o que o calendário dizia ser,

Porque todos pareciam não compreender que uma brisa Divina soprava em minha direção. Aquela voz me confortava. Aquele olhar me acalentava. Aquelas mãos me sustentavam. Era Você, Príncipe da Paz. Um misto de tudo que é bom.

E lentamente, mas desesperadamente, corri em Sua direção. Sem entender o porquê de tanto querer. Sem compreender o que eu representava para você. Tudo que sei, é que de forma irresistível fui atraída. O ar tinha cheiro de mirra.  No dormir e acordar, Te sentia a me acalentar. Até Te ouvi por algumas vezes me chamar.

Já não era eu, eras Tu em mim. E as novas cores, que enfeitavam os meus dias, já não eram imaginárias, vinham de uma incomum aquarela. O Maior e mais doce sonho que alguém ousou sonhar. Nunca mais fui a mesma. Nem sinto saudades do que fui. O que mais quero, e espero, é continuar contigo, eternamente, na primavera.

Sei que por entre a beleza das rosas, surgirão cardos. Mas sei que pacientemente eles morrerão, esmagados por Tuas mãos.  Quero que saibas que Te amo.  E mesmo sabendo que a reunião de meus sentimentos  é trapo, sei que dos trapos me farás vestes, como de noiva. Espero-Te, com o buquê que me deste. Com Teu amor que me reveste.

Wilma Rejane.