Wilma Rejane
Alguma vez ao ler sobre a multiplicação dos pães e peixes você parou para refletir sobre os cestos usados para condicionar aqueles alimentos? De onde vieram os cestos? Por que Jesus enfatiza e provoca os discípulos a pensarem sobre os números de cestos? Leitora da Bíblia por tantos anos, eu realmente nunca tinha atentado para esses detalhes que me instigaram na busca por respostas. Não imaginei que a numerologia e até mesmo o formato dos cestos falassem de algo tão profundo! É incrível como Jesus foi preciso em toda Sua mensagem, como Ele é perfeito!
“Quando parti os cinco pães para os cinco mil, quantas cestas cheias de pedaços vocês recolheram?” Eles responderam: “Doze”.
“E quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram dos quatro mil e sete?” Eles responderam: “Sete”. Então ele lhes disse: “Vocês ainda não entenderam?” (Marcos 8:19-21).
Percebam que Jesus estava relembrando aos discípulos sobre a quantidade de cestos usados nos milagres da multiplicação de pães e peixes, descritos nos Evangelhos. Jesus queria que entendessem algo que havia passado desapercebido sobre os números de cestos. O detalhe era importante, de outra forma, por que Jesus interrogaria os discípulos sobre?
Os cestos usados na primeira multiplicação de pães e peixes em Mateus 14; Marcos 6 e João 6 tinham o modelo descrito em grego como Kóphinos, cestos pequenos ou menores. Eram cestos portáteis, utilizado pelos judeus para transportarem comida no dia a dia, simples e práticos. Certamente, haviam pessoas na multidão, carregando seus Kóphinos e emprestaram para os discípulos, é uma primeira hipótese. Outra hipótese, seria a de que os cestos foram gerados de modo sobrenatural, assim como os pães e peixes. Tais cestos faziam parte da cultura judaica, eram úteis e comuns nos mercados e residências. Destes pequenos cestos, ou cestas, foram recolhidos doze, cheios de pedaços.
Os cestos usados na segunda multiplicação de pães e peixes em Mateus 15 e Marcos 8, eram cestos descritos no grego como spyrís, cestos grandes, com capacidade para caber uma pessoa. Apóstolo Paulo é visto em Atos 9:25, dentro de um cesto spyrís . Este tipo de cesto era muito utilizado pelos gentios, nos mercados e residências. Destes grandes cestos, foram recolhidos sete. O segundo milagre ocorreu em território majoritariamente gentio, na Decapólis grega.
Todo o relato sobre o milagre da multiplicação de pães e peixes, fala sobre a salvação de judeus e gentios, sobre O Pão da Vida que é Jesus Cristo ( João 6:35), como Salvador das doze tribos de Israel (Doze cestos) e das nações gentias que aparecem em número de 7 em Deuteronômio 7:1. (Sete cestos). Jesus queria que os discípulos entendessem que Ele era o autor da Antiga e da Nova Aliança, Ele estava no princípio, no Antigo Testamento e Ele está no Novo.
Jesus queria que os discípulos da igreja primitiva e os discípulos de todas as eras entendessem que Ele é a Provisão de judeus e gentios, Ele veio apregoando as Boas Novas primeiramente para os judeus, posteriormente, o apóstolo Paulo que foi visto dentro de um cesto spyrís, cesto gentio, foi designado para apregoar as Boas Novas para os gentios. Enfim, o Evangelho foi designado para todas as nações!
Que maravilha é a Palavra de Deus, que perfeição!
Querido leitor, seja você de qualquer tribo, língua ou nação, Jesus quer salvá-lo. Jesus quer alimentar seu ser, até transbordar como aqueles cestos transbordaram milagrosamente! Jesus transforma fome em saciedade, Ele nos dá lugar em Sua mesa e firma aliança eterna conosco. Ele é a Salvação e a vida, Único que morreu e ressuscitou por nós (João 3:16). Você crê?
Deus o abençoe, em nome de Jesus!
* Estudo comparativo dos Evangelhos de Mateus, Marcos e João, com estudo do significado da palavra "cesto" em grego e hebraico e pesquisa sobre as regiões em que ocorreram os milagres da multiplicação de pães e peixes na Bíblia de Estudos Plenitude, edição 1995. Imagem cortesia Pixabay

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