Carta de Priscila às mulheres dessa geração


 Nohemy Vanelli 

Amada irmã,

Meu nome não é tão lembrado como o de Sara, Rute ou Ester. Não vivi nos tempos dos patriarcas ou dos grandes reis de Israel, mas servi ao Senhor em um tempo desafiador. Minha vida está registrada no Novo Testamento, e, ao lado do meu marido Áquila, trabalhei para que o Evangelho chegasse a mais pessoas (Atos 18:2-3, 18:26).


Eu sei o que é servir a Deus em meio às lutas da vida. Eu trabalhava como fabricante de tendas, e entre o ofício e as responsabilidades do lar, também dedicava minha vida à obra do Senhor. Eu e meu marido hospedamos Paulo, ensinamos Apolo, discipulamos novos crentes e servimos à igreja de nossa casa (Romanos 16:3-5).

Vamos falar sobre Charlie Kirk?






Wilma Rejane

 "Todo reino dividido será arruinado" Mateus 12:25

O Jovem Charlie Kirk era ícone da juventude conservadora americana e após sua morte, se tornou conhecido mundialmente. Particularmente, nunca tinha visto qualquer referência à sua pessoa ou organizações, contudo, reservei algum tempo para assistir seus debates em campus universitários. Considerei sua metodologia de diálogo, semelhante à empregada por Sócrates em seus debates em praças públicas, quando captava atenção de dezenas e centenas de jovens atenienses. O filosofo utilizava a maiêutica, conduzindo os ouvintes a duvidarem de suas convicções ao buscarem respostas para seus questionamentos. 


Charlie defendia com veemência a ideologia partidária de Direita, por considerar ser uma via consolidadora de valores cristãos. Fundador da "Turning Point USA" no ano de 2012, uma instituição que se denominava sem fins lucrativos, mobilizava diversas áreas da sociedade em direção ao conservadorismo. Há especulações de que Charlie kirk se apoiou na  "Teoria das Sete Montanhas" para desenvolver seus projetos sociais. Para validar essas especulações, há declarações do próprio kirk em entrevistas e discursos. Por exemplo, afirmou em uma conferência, se referindo ao presidente Donald Trump :" Finalmente temos um presidente que entende as sete montanhas da influência cultural" (Discurso na CPAC - Conservative political Action Conference, 2020). 


O assassinato de Charlie Kirk reacende um ponto crucial da inflamada disputa política entre os partidos de Direita e Esquerda que alcançou níveis extremistas a nível mundial, inclusive no Brasil.  Considerando que nenhuma sigla partidária é capaz de cumprir a promessa de trazer verdadeira paz ao homem, uma vez que os viézes políticos não são as "artérias " principais de resolução aos conflitos humanos, mas meios deficientes de intervenção social, os debates sobre paz acabam por se tornar em verdadeira guerra.


As pessoas não deveriam resumir seus objetivos de vida à fazer parte da Esquerda ou Direita, politicamente falando. Contudo, a cada dia, é sobre isso que se ocupam os meios de comunicação e todos os outros meios capazes de promover debates, a igreja, inclusive, tem se tornado palanque, infelizmente. Observemos o Evangelho e constataremos que Jesus Cristo não se ocupou de debates políticos, Ele esteve nos mesmos espaços com Pôncio Pilatos, foi afrontado por ele, frente à frente, mas se manteve em silêncio, pela certeza de que Seu Reino não era desse mundo, de que sua missão era resgatar o pecador, abolir o pecado.


Quer dizer que o cristão deve se manter em silêncio diante dos problemas políticos? Não é essa a afirmativa, mas a de que o cristianismo não tem por objetivo principal o palco político partidário. Há grande engano em  acreditar ou defender que o Evangelho está ligado à Esquerda ou Direita, há grande engano em apontar líderes terrenos como salvadores por identificação partidária. Os partidos e governos humanos devem se submeterem ao Evangelho e não o contrário. Contudo, em um mundo corrupto e caído, os partidos e governos deturpam as verdades e ignoram completamente o Evangelho em troca de poder e riquezas. E grandes plateias aplaudem a absorvem as ideologias como se fossem sua salvação.

Para os feridos e cansados


Wilma Rejane

Pedras no caminho são como obstáculos que ou ferem nossos pés ou nos obrigam a mudar de direção. Pedras são problemas a serem vencidos,  como vencer? Amparando-se em Deus. Ainda assim, de fé em fé, na caminhada da vida é possível que as pedras permaneçam. Há porém, grande força em caminhar com um coração cheio de paz e confiança, estando no centro da vontade de Deus, servindo- O da forma que Ele nos capacitou para servir.

A vida está difícil? Prossigamos! Jesus disse que "cada dia guarda o seu próprio mal" (Mateus 6:34). Um dia de cada vez, sem se desesperar . Exerçamos com paciência a jornada que Deus reservou para nós, não nos conformando com este mundo (Romanos 12:2), porém, inteiramente confortados nas promessas do Evangelho que é abrigo para todas as horas, em qualquer lugar e circunstâncias.

Fé e pedras. Caminhos que se contrastam pelas leis da física, da química, das coisas visíveis e invisíveis. João Batista, apontou para as pedras à beira do Rio Jordão e disse que delas Deus poderia suscitar filhos de Abraão;  do imobilismo,  palidez, frio e insensibilidade, algo novo e bom nasceria.

“ ...Até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão.” Lucas 3:8

Das muitas pedras que ferem nossos pés na estrada da vida, pela fé e coragem, podem se erguer fortalezas. Ajunte-as, arrume-as em um canto sabendo que serão memorial para uma nova história. Um memorial tal qual Betel, que significa "Morada de Deus" que foi erguido com pedras pelas mãos de Abraão, em um tempo de muitas dificuldades, fome e seca. Ele então "ajunta as pedras" e ora a Deus em Betel, deixando ali um marco de mudanças.

Em quanto tempo Noé construiu a arca e quanto tempo permaneceu nela?

 

Sabemos que foi depois dos 500 anos que Noé gerou Sem, Cam e Jafé (Gênesis 5:32). E sabemos que quando Noé entrou na arca com sua esposa, três filhos e noras, ele estava com 600 anos (Gênesis 7:6, 11). Portanto,  a arca levou menos de 100 anos para ser construída.

No entanto, há também uma nota intrigante em Gênesis 6:3 que afirma: "Meu Espírito não permanecerá para sempre no homem, porque ele é carne; os seus dias serão 120 anos". Muitos veem isso como o período de tempo entre a predição do julgamento de Deus e o Dilúvio. Outros o veem como o tempo que Deus permitiria que os humanos vivessem. Uma terceira visão sugere que o Dilúvio ocorreria dentro de 120 anos. Com base em outras datas mencionadas na cronologia do Dilúvio, esta terceira opção parece ser a interpretação mais precisa.

Dito isto, Noé começou a ter filhos aos 500 anos e o dilúvio ocorreu quando ele tinha 600 anos. Se seu filho mais novo nasceu poucos anos depois do primeiro filho de Noé e atingiu idade suficiente para se casar (Gênesis 6:18 pode indicar que os filhos de Noé já estavam casados ​​na época em que Deus instruiu Noé a construir a arca), poderíamos estimar que Noé poderia ter cerca de 520 anos quando recebeu a instrução. Isso deixa cerca de 80 anos no máximo para a construção da arca, embora o intervalo de tempo possa ter sido de 50 a 80 anos.

Quanto tempo Noé e sua família permaneceram na arca? Noé e sua família entraram na arca no segundo mês, décimo dia do seu 600º ano (Gênesis 7:4-11). Sete dias depois, as chuvas do Dilúvio começaram (Gênesis 7:11). As águas inundaram a terra por 150 dias, incluindo os 40 dias de chuva (Gênesis 7:12, 17, 24; 8:1). As águas baixaram e a arca repousou no Monte Ararate no décimo sétimo dia do sétimo mês, apenas 10 dias após o fim do dilúvio (Gênesis 8:3-4). Noé saiu no vigésimo sétimo dia do segundo mês do seu 601º ano (Gênesis 8:14-19). No total, o Dilúvio durou 370 dias.

Quantos animais de cada espécie estavam na arca? Gênesis menciona sete pares de animais "limpos" (Gênesis 7:2-3) e dois de cada animal "impuro" (Gênesis 6:19-20). Animais limpos referiam-se àqueles que podiam ser sacrificados (como os listados em Levítico como parte das ofertas de adoração) e exigiam um número maior, visto que alguns seriam posteriormente sacrificados como oferenda a Deu

Carta de Agar para mulheres desta geração


 

Nohemy Vanelli 

 

Mulher,

Meu nome é Agar. Talvez você já tenha ouvido falar de mim, mas não pelos melhores motivos. Fui serva, estrangeira, rejeitada, humilhada e, por duas vezes, me vi perdida no deserto, sem esperança e sem forças para continuar (Gênesis 16:6; Gênesis 21:14).

Talvez você também já tenha se sentido assim. Sozinha. Esquecida. Sem rumo. Mas deixe-me contar a vocês a verdade que mudou a minha história: Deus me viu. Quando fugi pela primeira vez, grávida e aflita, Deus me encontrou junto a uma fonte no deserto. Ele me chamou pelo nome e me fez uma promessa de que minha descendência se multiplicaria (Gênesis 16:10-11).

Naquele dia, conheci um Deus que não apenas governa o universo, mas que vê cada lágrima e conhece cada dor. Por isso, chamei-O de El-Roi, o Deus que me vê (Gênesis 16:13). Anos depois, fui enviada ao deserto novamente. Desta vez, sem água, sem recursos, com meu filho chorando de sede e sem nenhuma solução à vista. Meu coração se partiu ao ver meu filho sofrer.

Nossas dores em redemoinhos da vida

 

 

Wilma Rejane


“ Deus, do meio de um redemoinho respondeu a Jó” Jó 38:1

Redemoinhos são fenômenos naturais que varrem literalmente pessoas e coisas, e dependendo da força do vento, o estrago pode ser de pequena ou grande proporção. Chegam sem avisar e se movem em todas as direções. Viver um redemoinho, significa “ser moído” literalmente, ver a vida ir pelos ares. Foi exatamente isso que aconteceu com Jó, “homem mais justo que havia sobre a terra” Jó 1:8. Em pouco tempo, foi surpreendido pelo mal, perdendo tudo que tinha: família, saúde, amigos e honras. Um redemoinho varrendo-lhe a felicidade.

A história de Jó, revela o motivo pelo qual muitos de nós padecemos adversidades. Elas seriam resultado de combate espiritual e não necessariamente punição, consequência de pecados cometidos. No entanto, é difícil para nós decifrarmos os desígnios de Deus, especialmente nos momentos em que a dor é tão intensa e a alma geme, faltando palavras e forças para sorrir e manter-se de pé.

Nossas dores nem sempre encontram abrigo no coração do outro, ninguém pode vivê-las ou compreendê-las do modo como gostaríamos. O “fardo” se torna pesado quando na alteridade falta o amor. Jó estava ali, moribundo, coberto de chagas, perplexo pelas muitas interrogações e sem amigos. O que existia era pré julgamento e impiedade. Quem intercedeu por Jó com lágrimas nos olhos e sinceridade de coração? Nenhum de seus companheiros. No fim do livro de Jó, contudo lê-se: “Mudou o Senhor a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos e o Senhor deu-lhe o dobro de tudo quanto antes possuía” Jó 42:10


Ele te cobrirá com as Suas penas

 

 Wilma Rejane

Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel. Salmo 91;4 

Em vários lugares da Bíblia a fraternal imagem do Pai Pássaro é invocada para transmitir a atuação de Deus em relação aos homens. No livro do profeta Sofonias, por exemplo, as asas de Deus estão estendidas sobre o remanescente humilde de Israel:

"Mas deixarei no meio de ti um povo humilde e pobre; e eles confiarão no Nome  do Senhor." Sofonias 3:12. Confiar aqui se traduz em chasah (dicionário Strong 02620) = abrigar em Deus, acolhido em Deus, sob a proteção de Deus da mesma forma que um filhote pássaro está protegido sob as asas de seus pais.

Em outra passagem, Deus também é citado como um abrigo com asas, resguardando a jovem Rute, uma mulher sem posses e sem herdeiros que teve sua vida transformada através da fé em um Deus que não apenas abriga filhos, mas preserva sonhos fazendo-os florescer na sombra do Seu tempo:

O Senhor retribua a você o que você tem feito! Que seja ricamente recompensada pelo Senhor, o Deus de Israel, sob cujas asas você veio buscar refúgio!" Rute 2:12

É revigorante abrigar-se em Deus todos os dias,  as asas de Deus nos envolvem e aquecem enquanto o mundo é um lugar gélido e cruel. 

As asas de um pássaro se oferecem como abrigo de forma totalmente voluntária, por bondade, cuidado. É sob as asas que os filhotes estão salvos de predadores, do mau tempo. E aquilo que estaria destinado aos filhotes, recai sobre o pássaro de asas abertas (ou fechadas) que abriga seus filhotes. 
 

Carta da mulher samaritana às mulheres desta geração

 
 Nohemy Vanelli

Durante muito tempo, eu evitei a companhia. Evitei os olhares. Evitei as conversas. Carregava meu cântaro como quem carrega vergonha — e escolhia o meio-dia, o sol mais quente, para ir ao poço sozinha. Me acostumei a sobreviver assim: escondida, rejeitada, evitando o olhar das pessoas, com um coração que já não acreditava mais em amor, em pertencimento, em recomeços.

Carregava o peso de cinco alianças quebradas e agora estava em um sexto relacionamento que não me assumia. Mas naquele dia... Ele apareceu. Sentado à beira do poço, Ele me esperava. Sabia quem eu era. Conhecia minha sede. Falou comigo, não como quem acusa, mas como quem acessa o coração. Ele não só expôs minhas feridas — Ele curou cada uma delas com verdade e graça.

A água que Ele me ofereceu saciou algo que nenhum homem jamais conseguiu. Foi tão profundo... que eu deixei o cântaro para trás. Sim, deixei o peso, a vergonha, a solidão. Voltei correndo à cidade que antes eu evitava. Me tornei voz. Me tornei ponte. Me tornei fonte.

Onde estiver o corpo, ali se ajuntarão os abutres


No meio de Seu discurso sobre os últimos dias e Sua Segunda Vinda, o Senhor Jesus fez esta declaração: "Onde houver um cadáver, aí se ajuntarão os abutres" (Mateus 24:28). Ora, abutres são pássaros que se alimentam de cadáveres moribundos e em decomposição. Quando você os vê circulando no céu, sabe que algo está morto ou morrendo na Terra. No contexto de Mateus, o Senhor Jesus estava apontando que o mundo inteiro estaria em um estado de avançada decadência espiritual no fim desta era por causa do engano espiritual, falsos Messias, nações se levantando contra nações e reinos contra reinos, fomes, terremotos, pestilência e perseguição aumentando em intensidade e frequência como as dores de parto de uma mulher grávida (Mateus 24:8). Por fim, viria o último e definitivo ato de profanação do Templo pelo homem do pecado (Mateus 24:15) (2 Tessalonicenses 2:4)


Interpreto os abutres como as forças demoníacas liberadas no mundo nos últimos dias para realizar seus atos diabólicos e se alimentar da decadência espiritual nos corações de homens e mulheres no mundo em geral e na cristandade em geral. Esses demônios saem do Abismo para causar caos e assassinatos na Terra nos últimos dias (Apocalipse 9:3).   Sabemos também que, quando o Senhor Jesus retornar fisicamente, os abutres literalmente se alimentarão das carcaças dos exércitos das hordas do Anticristo. Esta será a consumação da ira de Deus sobre um mundo que odeia e rejeita o Messias. (Ezequiel 39:17-20) (Apocalipse 19:17-18, 21)


O Senhor Jesus estava dizendo que, quando essas "dores de parto" que Ele mencionou aumentarem em intensidade e frequência, o nascimento do Reino Messiânico de Deus na Terra estará prestes a ocorrer. Como o Senhor Jesus também disse no relato de Lucas do mesmo discurso, quando se referiu a sinais incomuns no cosmos: as nações na Terra em perplexidade, sem saber a saída, e os homens desmaiando de terror e apreensivos com o que está por vir sobre o mundo, experimentando os próprios corpos celestes tremendo e grandes pedras de granizo caindo do céu. (Lucas 21:25-28) Veja também (Apocalipse 16:21).


Sabemos que o restabelecimento de Israel como nação em 1948, após quase 2.000 anos de exílio, foi um marco importante para medir a Segunda Vinda do Messias. Já se passaram 77 anos desde que esse evento histórico ocorreu. Israel, como nação, é o relógio profético de Deus para as nações. Sua restauração espiritual como nação ainda está por vir (Ezequiel 37:1-14). Hoje, podemos ver o mundo inteiro em decadência espiritual e os abutres demoníacos se alimentando das ações e imaginações carnais de homens, mulheres e jovens. Há várias marcas evidentes que revelam que estamos agora nos últimos dos últimos dias.



Em primeiro lugar, vemos a decadência espiritual através da evolução da tecnologia. Vemos microchips em humanos, hologramas de alta definição, jogos de computador de realidade virtual envolvendo a imaginação de bilhões de jovens, mentes impressionáveis com violência, sexo, materialismo e hedonismo, que estão produzindo uma futura geração de pessoas que podem ser controladas e programadas automaticamente por essa tecnologia. Até mesmo celulares podem ser usados para transações bancárias, compras e até mesmo ter um tradutor de idiomas do Google. Isso lembra a Torre de Babel. É claro que a tecnologia pode beneficiar a humanidade quando usada apropriadamente, mas a tecnologia nas mãos do homem pecador caído pode se tornar um monstro que devora e alimenta os desejos e apetites carnais dos não salvos e, ouso dizer, de muitos na cristandade.