Dois desertos

Antes de conhecer a Palavra de Deus, tinha pavor de desertos, ficava imaginando: o desespero por àgua, as tempestades de areia, os animais peçonhentos, a solidão, as altas temperaturas durante o dia, as baixas durante a noite, nada de atrativo havia para mim nos desertos. Quando os meus olhos foram desvendados e meu coração trocado passei a olhar para o deserto de uma forma diferente.

Sei que ele é muito mais que um espaço físico com localização geográfica, é um estado de espírito. Não por acaso tanto no Velho Testamento como no novo as grandes revelações de Deus se deram no deserto: Os Israelistas passaram 40 anos no deserto, João Batista pregava no deserto e Jesus foi tentado pelo diabo no deserto.

Desertos também são lugares onde se prova a resistência. Ninguém com perspectivas de fracasso sobrevive a poucos metros de terras desertas, seu ânimo abatido logo abate o corpo.

A regra também é válida para os desertos da vida, há um provérbio que diz: "Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que a tua força é pequena". Sei que é impossível ao homem não se abater com as tribulações da vida, sou totalmente contra as correntes teológicas que pregam que crente não pode nem deve sofrer, Romanos 8 traz uma forte esperança para todos que passam por momentos difíceis. O apóstolo Paulo cita uma lista desses momentos:

Angústia;
Perseguição;
Fome;
Nudez;
Perigo;
Espada;
Morte.


Podemos passar uma coisa de cada vez ou muitas de uma só vez, o certo é que nunca estaremos sozinhos no deserto "Nada poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus Nosso Senhor" Conclui-se o capítulo 8 de Romanos. É Cristo quem nos fortalece.

Os desertos já não me assustam como antes, pois creio que há uma íntima ligação entre eles e os filhos de Deus.

Um comentário:

Falando com Deus disse...

Posso ainda afirmar que no deserto é onde somos forjados a ter o caráter de Cristo... Tb mudei muito meu conceito de deserto! Graça e Paz!
Geisa