O lenço e lençóis deixados para trás por Jesus

O Senhor Deus dá força ao cansado e guia por novos e seguros caminhos





Wilma Rejane


O Evangelho de João dedica alguns versos sobre o lenço e os lençóis que envolviam o corpo de Jesus no sepulcro


"Então Pedro saiu com o outro discípulo, e foram ao sepulcro. E os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. E, abaixando-se, viu no chão os lençóis; todavia não entrou. Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis,E que o lenço, que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte. Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu." João 20:3-8

Qual seria a intenção de João ao descrever esses detalhes do lado de dentro do sepulcro que acolheu o Cristo, Filho de Deus, por três dias? Há algumas afirmativas de que o lenço, devidamente dobrado à parte, sobre algum canto do sepulcro, teria relação com um costume judaico entre servo e Senhor. Os senhores que cuidadosamente deixavam o lenço dobrado sobre a mesa, após refeição, estaria confirmando que voltaria, que a ceia ainda não havia sido encerrada. Porém, não há confirmação sobre esse costume judaico. Não obstante a interpretação do lenço ser revestida de fé e esperança, ela carece de embasamento.

Por todo o Evangelho e até mesmo na última ceia realizada entre Jesus e os discípulos, não vemos nenhuma referência quanto a lenço dispostos sobre à mesa. O costume, na verdade, era o de lavar as mãos em talhas com água e depois enxugá-las com um lenço que deveria ser colocado sobre a mesa, ou almofada. Lembram de Jesus na festa de noivado? Ele transformou a água das talhas em vinho. Aquela água, era para lavar as mãos, os judeus eram muito cuidadosos sobre os costumes e observavam diligentemente essas normas. Daí vem Jesus, transformando água em vinho, usando as talhas. Como a dizer que o Evangelho era Nova Vida, Alegria, não tradição ou costumes, mas liberdade com novidade de vida! Não era o exterior que deveria ser limpo, mas o interior com a lavagem do sangue do Cordeiro de Deus.



"E estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam dois ou três almudes. Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima. E disse-lhes: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram. E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo. E disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho." João 2:6-10


Mesmo aqui, quando as talhas são citadas, não há referência ao lenço ou guardanapo usado pelos judeus. O lenço era um elemento ligado a lei judaica e também está citado no Misná, livro de tradições judaicas:" Na hora da refeição deve-se abençoar o alimento e o vinho, lavar as mãos e enxugá-la com um lenço (guardanapo)" Mishnah. Lembremos que Jesus sempre fez duras criticas à tradição que "engessava" as pessoas em insensíveis padrões, fazendo-as escravas de regras e mais regras, agindo por obrigação e não com o coração. A tradição era um fardo que ao ser carregado desobstruía a consciência pelo cumprimento de um dever, porém fazendo esquecer do valor dos gestos despretensiosos e cheios de compaixão.

Voltando ao lenço e aos lençóis deixados no sepulcro. Eles não estavam jogados de qualquer forma, mas devidamente organizados, arrumados como se alguém tivesse tido o cuidado de assim deixá-los. Estavam lá, não foram esquecidos, mas deixados para trás com propósito. A palavra grega usada para o lenço, peça menor é: "soudarion ou sudário", pedaço de pano que envolvia o rosto de Jesus,  tipo bandana. Vejam, o lenço aqui não é o mesmo usado nas refeições, mas próprio para enrolar a cabeça, este tem sido objeto de muitas especulações.

Os lençóis dispostos no sepulcro, estavam dobrados sob o chão. Sabe de algo formidável? Pedro e João creram na ressurreição de Jesus, mesmo sem vê Lo. O lenço e os lençóis eram provas suficientes de que Ele havia ressuscitado! E desmentindo a tradição do sudário,  penso que nem lenço, nem lençol guardavam as marcas de sangue delineando a fisionomia e corpo de Jesus. Ele fora ungido com óleo, limpo , toda secreção removida, nada de sangue, tudo já estava estancado. Água e sangue era a composição do corpo de Jesus, uma anatomia diferente e sobrenatural que permitia sarar de forma eficiente. Não foi permitido lhe quebrarem os ossos e isso contribui para um bom estado de conservação. E outra: como é que o sudário dito real, dispõe a imagem até mesmo dos cabelos de Jesus avolumados se a pressão do lenço enrolado  na cabeça não permite tal fato? Reconstituição? Se for, já não se valida como prova original, mas manipulada pelo homem, portanto passível de questionamentos.

Quando o inesperado acontece - Tragédia em Santa Maria


Eclesiastes 7:2 "É melhor ir a uma casa onde há luto do que a uma casa em festa, pois a morte é o destino de todos; os vivos devem levar isso a sério!



Wilma Rejane


Me sinto diminuida diante da morte, porque essa é a maior dor que existe sobre a face da terra. Uma dor que ceifa os vivos levando-os à sepultura e abate os que ficam pela angústia da saudade,  perda e absoluta impotência. A vida só existe porque também há morte, inversos que tragicamente se completam para dar continuidade a espécie humana. Como o dia, em que brilha o sol, devolvendo o azul claro do céu, tão somente porque também existe a noite. E alegria só se torna possível porque há tristeza. A vida, pode parecer óbvia, mas é indecifrável pela presença do inesperado. 


Quero aqui, traçar um paradigma sobre o significado da palavra tragédia e o ocorrido em Santa Maria. " tragoedia" tem origem grega e era aplicada a festas em que o canto, a música, era a principal atração. Porém, e de repente, surgia entre os cantores, um animal chamado bode. "tragos = bode e oedia =canto". Portanto, tragédia se caracterizou como uma grande e alegre festa, de final triste, porque o bode era sacrificado como forma de punição por devastar as videiras dos deuses festivos. Tragédia é tudo que se opõe a alegria. É o elemento inesperado que devasta o riso (simbolizado pelo vinho, videira) é o sacrificio da vida que se remove em angústia pela perda.

O que era motivo de festa para esses jovens de Santa Maria tornou-se em sacrifício. Um sacrificio, também e principalmente para os parentes dos mortos que um dia se alegraram pelo nascimento de seus filhos e quem sabe, jamais imaginaram, morrerem dessa forma. Quero dizer aos que lêm esse artigo que Deus também chora nesses momentos, assim como chorou pela morte de Seu filho Jesus. O sacrificio do filho de Deus, veio para perpetuar o riso aos que choram, porque através Dele nos foi devolvida a vida eterna, foi decretada a morte da morte. 

A casa do outro lado da rua - É sobre cobiça

Êxodo 20:17 "Não cobice nada do seu próximo"




Wilma Rejane


Certa vez, Abraão teve um encontro com o  Rei de Salém,  este lhe ofereceu fazendas em troca de servos,   e ouviu como resposta: “Não tomarei coisa alguma do que é teu, para que não digas: Eu enriqueci a Abraão” Gn 14:23. Abraão era satisfeito com o que tinha, e sabia que poderia ser próspero e feliz colocando tudo sob os cuidados de Deus. Parte da infelicidade humana, tem origem na insatisfação entre ser e possuir. Um breve olhar ao nosso redor nos dirá o quanto de capital e consumo se exige dos homens, revestidos de pretexto de felicidade. E apesar da evolução comercial e tecnológica, novas e espantosas descobertas são realizadas no sentido de curar ou evitar o avanço das doenças consideradas comuns nessa era: bipolaridade, depressão, ansiedade, solidão, síndromes e síndromes. Mãos cheias e corações vazios. E esse  não é um dilema apenas dos “ricos”; quem possui sempre quer mais e quem não possui também. O problema aqui não é entre ricos e pobres, mas sobre cobiça.

Hebreus 13:5- "Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque Ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei”



A casa e o jardim do outro lado da rua, não são mais belos. Aquilo que amamos e cultivamos com a benção de Deus é o que nos traz felicidade e se a felicidade reside em nós, para que cobiça? Uma perfeita ilustração sobre o tema é a história do encontro de Jesus com o jovem rico em Mateus 19:16-30. O jovem queria saber o caminho da vida eterna, Jesus se apresenta como Tal e lhe faz o maior e mais importante convite que alguém pode receber em vida: “Vai, vende tudo o que tens e terás um tesouro no céu, vem e segue-me”. O jovem pesou na balança e considerou que suas conquistas materiais eram bem mais importantes que O Reino dos céus, a presença constante de Jesus em sua vida. E o texto termina dizendo que “o jovem partiu triste porque possuía muitas propriedades” Mt 19:22.  Mãos cheias e coração vazio. O problema do jovem era cobiça, avareza. E por essa causa, sua vida (inconsistente) consistia em possuir bens e ser possuído por eles. Felicidade e vida eterna não são questões de status social, Deus não faz acepção de pessoas, mas assim como o “jovem rico”, muitos podem se perder por depositar a vida nos bens terrenos.


Gratidão, submissão e dependência de Deus


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João Cruzué

Um dos mais lindos trechos da Bíblia é o da cura dos dez leprosos, em Lucas 17:11-18.  Dez pessoas que viviam excluídas da sociedade, vivendo longe da família por causa da praga da lepra. E naquele tempo, se uma pessoa contraísse lepra, tinha de morar fora dos muros ou na entrada da cidade. Naquele lugar não ia ninguém. Imagino que cada leproso arranjasse novos vínculos sociais entre outros mal-afortunados com a mesma lepra. E se não tivesse ninguém além dos muros, ficaria ali isolado, talvez conversasse sozinho com com um animal. E viajando para Jerusalém, Jesus Cristo entrou em uma aldeia, creio, na divisa entre Samaria e a Galileia. O que aconteceu na entrada daquela  aldeia nos mostra três coisas que Deus se agrada quando  estão presentes na vida de um cristão.

Eu sei que a maioria de nós ora; seja católico, crente ou espírita, nem sempre tem uma oração  respondida na hora. Mas Lucas, o escritor do Evangelho, anotou que o Senhor foi curto e claro: Ide e apresentai-vos aos Sacerdotes, os religiosos da aldeia que tinham a autoridade, entre outras funções, de verificar se um leproso estava curado, e se estivesse, daria a autorização para voltar para dentro da cidade, para o meio dos amigos, dos parentes  e da própria família.

E na ida até os sacerdotes, cada um dos dez leprosos foi curado. E apenas um parou, pensou e voltou para agradecer, antes de ir aos sacerdotes.  Os outros nove seguiram  diretamente à casa dos religiosos, pois não viam a hora de abraçar os familiares, os amigos,  beijar os filhos e entrar na própria casa.

A gratidão é uma atitude rara.

Tanto nos tempos de Jesus Cristo, quanto nos dias de hoje. Somos  por natureza egoístas. Começamos nossas orações geralmente, pedindo(me dá!), em lugar de agradecer (obrigado!), por causa da pressa. Ah! a pressa... sinônimo de ansiedade. Quando somos abençoados, a primeira pessoa a saber deve ser o Senhor. Ele é o criador, o sarador, o abençoador. Esta atitude de gratidão mostra o outro lado da virtude - a submissão. E a submissão significa: colocar a vontade de Deus em primeiro lugar.


Milagres de uma simples pregação: Esquecer para Crescer

Não deixe as frustrações dominar em você. Faça dos erros, uma oportunidade para crescer
Na vida, erra quem não sabe lidar com os fracassos. A. Cury



Do mano
Wallace Sousa


Eu morava em uma pequena cidade do interior do Mato Grosso, bem no meio da Amazônia Legal. Nunca cheguei a ver uma onça miando por perto, mas cheguei a ver rastros. Deus me enviou ali para me moldar, amassar o barro e me fazer um vaso novo. Nessa pequena cidade, eu atuei temporariamente como professor substituto em uma turma de administração da faculdade, que também foi o cumprimento de uma promessa divina, antes de eu chegar nessa cidade.


Mas, por descuido e falta de vigilância (Deus até havia me dado um sonho antes disso acontecer, mas não orei e nem vigiei o bastante), eu acabei por cometer um deslize e não pude continuar sendo professor da turma. Não foi algo grave, mas acabou comprometendo minha atuação profissional e impossibilitou minha permanência como docente. Isso me deixou um bocado abatido, não apenas pela rejeição que sofri, mas por ter sido culpa minha passar por aquela situação. Houve um dia em especial que isso foi muito forte.

Eu estava saindo de casa, após esses acontecimentos trágicos (para mim), e ao atravessar o portão que dava acesso a rua, descobri-me carregando um fardo horrível de vergonha e rejeição. Foi um sentimento muito estranho porque apesar de não haver ninguém na rua, naquele momento, eu me senti como se os olhares de todos estivessem cravados em mim, julgando-me e condenando-me. Então, olhei para o alto, contemplando as nuvens deslizando pelo céu e disse, mais ou menos nestes termos:

“Senhor, eu errei e estou pagando o preço por esse erro. Mas, eu não vou aceitar que essa vergonha pelo erro me oprima e me soterre com esse fardo de angústia. Eu não vou abaixar a cabeça para isso, mas andar de cabeça erguida e vou vencer essa situação, em nome de Jesus!”

Depois que disse isso e tomei essa firme decisão, a vergonha simplesmente desapareceu, como se jamais tivesse existido. Foi como se tivesse caído um fardo pesado de meus ombros. E aprendi que, muitas vezes, nossas atitudes acabam determinando nosso futuro, para o bem e para o mal, dependendo do que queremos, do que cremos e da forma que agimos diante das dificuldades que a vida nos impõe.

Guarde essa lição com você, e lembre-se dela nos momentos de maior dificuldade, que você encontrará forças para continuar lutando, mesmo quando tudo o mais parecer que está dando errado.

Culto especial

Alguns dias depois, fui a uma das cidades vizinhas, onde teve uma reunião de obreiros para tratar de assuntos administrativos e seleção de novos obreiros (a palavra não é bem essa, mas como explicação serve). Por uma questão puramente logística, já que a maioria dos obreiros estava na reunião tratando de outros assuntos, fui escalado para ser o pregador da noite. Era um sábado, igreja de madeira, pequena, apertada, quente e lotada. E eu pedindo misericórdia ao Senhor, porque eu precisava muito.

O texto que escolhi para pregar naquela noite versava sobre a história de José no Egito. Veja bem: era José NO Egito, e não José DO Egito. José estava NO Egito, mas José não ERA do Egito, tanto que pediu que seus ossos fossem levados para Canaã (após sua morte, claro… hehe). O texto, de apenas 3 versos, era este:

E nasceram a José dois filhos (antes que viesse um ano de fome), que lhe deu Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om. E chamou José ao primogênito Manassés, porque disse: Deus me fez esquecer de todo o meu trabalho, e de toda a casa de meu pai. E ao segundo chamou Efraim; porque disse: Deus me fez crescer na terra da minha aflição. Gn 41.50-52 (grifos acrescidos)

Naquela noite, eu preguei sobre esquecer o que ficou para trás para poder crescer e avançar para as conquistas que estão adiante de nós. Então, contei minha experiência: o sonho que tive, a tribulação que se seguiu, junto com toda a vergonha e angústia. Contei também do dia em que fui sair na rua e senti vergonha, e da reação que tive, de não entregar os pontos e lutar para sair daquela situação.


Mãos de Marta e coração de Maria

E, quanto fizerdes por palavras ou por obras,
fazei tudo em nome do Senhor Jesus,
dando por Ele graças a Deus Pai. Colossenses 3:17





João Cruzué


Ontem, quando desci à sala para orar, um pensamento veio e eu pedi ao Senhor que falasse comigo. Ao abrir a Bíblia antes da oração, pude perceber que Deus falou. E como sempre gosto de fazer, vim até aqui para compartilhar. Pela primeira vez percebi um há um elo entre os fatos passados na casa de Marta e Maria e a parábola do bom samaritano.

-Senhor fala comigo pela sua Palavra, eu pedi. Há dias em que temos mais necessidades de orar que outros, e esta semana em especial, tem sido bem difícil, pois são vários os motivos para bater, buscar e pedir recurso onde se pode achar.

Meu antigo companheiro, auxiliar dos meus tempos de "pastor" está fazendo quimioterapia. A esposa de outro amigo de muitos anos, também colega de ministério, jaz em um leito de UTI, há três meses. Seu cérebro foi muitíssimo danificado com três paradas cardíacas. Isso ainda não é tudo. Um antigo Pastor, dos meus tempos de jovem, está há mais de 12 anos em uma cadeira de rodas, deprimido. Não mais lê, deixou a fisioterapia, disse-me que apenas fecha os olhos e ora constantemente. Depois de ter sofrido um derrame, teima que só voltará à Igreja depois de curado e de uma forma maravilhosa. E já se passaram mais de 12 anos. Como pode notar, eu não conseguiria mesmo estar com a minha alma tranqüila diante dessas coisas tristes.

Ao abrir a Bíblia pude ler a página inteira do final do capítulo 10 de Lucas. Primeiro o texto de Marta e Maria, continuando na parábola do bom samaritano. São palavras muito conhecidas, mas que ontem fizeram-se novas para mim.

A preocupação de Marta era o serviço: anda para lá, anda para cá; imagino: aranjando lenha, assoprando brasas do fogo, limpando as panelas, assando um pão, talvez depenando alguma ave, ou mesmo temperando um pequeno cordeiro. O tempo passava depressa, o dia ou noite chegando , e nada da ajuda de Maria.

Maria esquecera-se completamente do serviço. Assentada aos pés de Jesus, (não havia nem cadeiras nem mesas altas naquele tempo e naquela cultura) ouvia com o coração ardendo o falar do Mestre. O tempo passava e ela não se cansava, como vez em quando ainda acontece em nossos dias, quando a presença do Senhor se faz muito forte em algum culto.

Marta estava preocupada em servir, e Maria esquecera-se de tudo porque ouvia, e ouvia, e queria mais ouvir as palavras do Senhor. Marta receosa de não dar conta do trabalho deu ordens ao Mestre: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe servir sozinha? Dize-lhe, pois, que me ajude.

Comunicação é uma coisa boa; precisamos mesmo nos comunicar. Mas comunhão é algo muito mais profundo. Qualquer um pode comunicar-se, dizer bom dia, boa tarde, reportar o tempo; alguns podem orar acompanhados por uma hora, duas ou quem sabe até uma vigília inteira. Mas nem todos assuntos falados significam comunhão; isto é mais que sabido. Por exemplo: tenho duas filhas. Uma já se casou e a mais nova já tem namorado. Imagine que eu me assente à sala e passe a tarde inteira junto aos dois "segurando vela", como se diz em nossa cultura. Eles podem conversar assuntos os mais variados - mas nenhum deles vai ter a coragem necessária, por exemplo, para dizer "eu te amo".

Ano de 2013, século XXI - aqui estamos nós. Afadigados, preocupados, sem tempo, como diligentes Martas, quem sabe até dando ordens ao Senhor. É um corre-corre, um subindo-e-descendo, um ensaia-ensaia, um prega-prega, um canta-canta, um ensina-ensina... Domingo, segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado e chega o outro domingo. Estamos servindo? Sim! Estamos trabalhando? Sim! Estamos nos afadigando? Muito! Mas, por que estamos vazios e colhendo tão pouco?

A catarse na tragédia do Big Brother Brasil e outas programações






Wilma Rejane


O termo catarse está presenta na Poética do filósofo Aristóteles, quando ele descreve os efeitos provocados no telespectador, ao assisistir uma tragédia grega: "O amor e a compaixão surge na alma como uma catarse (purificação) ao se deparar com uma situação trágica". Porque a empatia com o bandido ou com o mocinho faz com que o público vibre se inserindo na cena para ver cumprido seus mais profundos desejos: de justiça, realização, romance e outros mais. Tragédia é catarse. Há quem discorde de Aristóteles, mas os índices de audiência televisiva no Brasil e no mundo mostram que o povo gosta mesmo de tragédias, que o diga o BBB, A Fazenda e outros programas do gênero e ainda os terríveis casos policiais que causam comoção e elevam a audiência fantasticamente (audiência nos telejornais cresce cerca de 46% no caso Isabella Nordoni)


Há algo de sádico ou masoquista no comportamento do homem que tem gosto pela tragédia. Não sei explicar o motivo de querer ver o que não se quer viver. E talvez, o segredo esteja logo aqui: Não somos nós que estamos diretamente na cena e isso pode causar certo conforto. Mas ainda assim, e por mais que tente explicar e estudar - estou fazendo o trabalho final do curso de Filosofia sobre Catarse televisiva- não compreenderei  a escolha da maioria do público por uma programação que exibe o declínio dos valores espirituais, morais e éticos. Quem sabe, o sucesso de determinadas emissoras não seja o reflexo da vida de quem a vê?


"Eu adoro ver televisão. E gosto de ver coisa ruim, os piores programas. É onde aprendo mais.  Jornalista Pedro Bial"



A tragédia do contraste


Tem algo de muito errado acontecendo quando o assunto é Rede Globo e não apenas com as pessoas que trabalham diretamente na emissora, mas com quem assiste. Não, não quero transformar esse artigo em algo moralista, mas sobre essa questão, me vejo com autoridade para falar: Não assisto Rede Globo desde 2003! Fui incomodada pelo Espírito Santo a não mais me alimentar com a podridão novelística e afins da “vênus platinada”. É verdade, esse fator, não me torna mais santa que os demais, nem me confere qualidades superiores. É uma questão pessoal sobre espiritualidade e obediência que prezei em cumprir. Me siga somente se sua consciência acusar, alarmar, que há riscos em ver o que todo mundo deseja ver, mas que não edifica seu ser. Campanha de boicote a Rede Globo já faço faz tempo! 


O poder restaurador de Siló

Que venha Siló, e a Ele se congregarão os povos” Gn 49:10



Wilma Rejane


Começo dizendo que estudar sobre o significado de Siló, me encheu de alegria e gratidão a Deus. Lembrei das tantas vezes em que a vida me fez pensar que a derrota havia me alcançado de uma vez por todas, e passados  dias, meses ou mesmo anos, pude compreender que na “casa do luto” existe e reside novos começos possíveis aos que jamais perdem a fé e a esperança na fidelidade de Deus.

Siló é citado pela primeira vez no livro de Gênesis. No começo da história de amor, entre Deus e o homem. Siló está no principio, como uma profecia  de Jacó (Israel) para Judá, para seu filho Judá e toda a tribo de mesmo nome e ainda para todos os povos:“ O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló, e a Ele se congregarão os povos” Gn 49:10


Quem é Siló? O que esta palavra significa? É quase impossível decifrar o significado de Siló se não fizermos um estudo detalhado incluindo Antigo e Novo Testamento. No verso de Gênesis, Siló está como nome próprio, uma palavra composta da reunião de dois vocábulos: shel e loh, significando “a quem alguma coisa pertence, a quem pertence o domínio, o que tem o reino” ( Strong 07886). Porém, e por muito tempo, Siló foi a denominação dada a uma região de Israel.


“ E toda a congregação dos filhos de Israel, se ajuntou em Siló, e ali armaram a tenda da congregação, depois que a terra foi sujeita diante deles” Js 18:1

“ Subia, pois, este homem da sua cidade, de ano em ano a adorar e a sacrificar ao Senhor dos exércitos em Siló, e estavam ali os sacerdotes em Siló” I Sm 1:3

Siló era o mais importante local de culto de toda a Palestina, ficava a 38 quilômetros ao Norte de Jerusalém, na região de Efraim. Multidões concorriam a Siló para adorar, sacrificar a Deus e consultar os sacerdotes, dentre eles Eli e também ao profeta Samuel. A arca da Aliança permaneceu nessa cidade por mais de um século, no talmude está escrito que na verdade, foram 369 anos de permanência da Arca da Aliança em Siló.

Com amor e gentileza




Wilma Rejane


E se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam. Lucas 6:32


Pensei em escrever hoje  algo breve sobre o poder do amor e da gentileza.  A vida nos cobra pontualidade, agilidade, trabalho, e nesse ritmo acelerado, caminham muitos de nós, sem perceber quem cruza nosso caminho, quem precisa de um sorriso, uma palavra. Vivemos nos desculpando “não tenho tempo” e o tempo, parece ser só para nosso favor. Observemos essa parábola chamada “ O sol e o Vento”:

O Sol e o Vento discutiam sobre qual dos dois era mais forte. O Vento disse:

 – Provarei que sou o mais forte. Vê aquele velho que vem lá em baixo com um capote? Aposto como posso fazer com que ele tire o capote mais depressa do que você.

O Sol, então, recolheu-se atrás de uma nuvem e o Vento soprou até quase se tornar um furacão, mas, quanto mais ele soprava, mais o velho segurava o capote junto a si. Finalmente o Vento acalmou-se e desistiu de soprar. O Sol saiu de trás da nuvem e sorriu bondosamente para o velho. Imediatamente ele esfregou o rosto e tirou o capote. O Sol disse, então, ao vento:


Cristianismo, possessão demoníaca e reconciliação com Deus







Artigo Traduzido e adaptado
Por: Wilma Rejane
Mais conselhos de João Cruzué


Há uma nítida diferença entre ser possuído por um demônio e ser oprimido ou influênciado por ele(s). A possessão demoníaca envolve um demônio tendo controle direito, completo sobre os pensamentos ou ações de uma pessoa (Mateus 17: 14-18, Lucas 4:33-35, 8: 27:33). Opressão ou influência demoníaca envolve um demônio ou demônios atacando uma pessoa espiritualmente e / ou encorajando-a em comportamento pecaminoso. Observe que em todas as passagens do Novo Testamento que lidam com a guerra espiritual, não há instruções para expulsar um demônio de um crente (Efésios 6:10-18). Os crentes são instruídos a resistir ao diabo (Tiago 4:7, 1 Pedro 5:8-9).



Os cristãos são habitados pelo Espírito Santo (Romanos 8:9-11, I Coríntios 3:16, 6:19). Certamente o Espírito Santo não permitiria que um demônio viesse a possuir uma mesma pessoa que é habitação de Deus a quem Ele comprou com o sangue de Cristo (1 Pedro 1:18-19) sendo feito  uma nova criatura(2 Coríntios 5:17). Sim, como crentes, temos uma guerra com Satanás e seus demônios, mas não  dentro de nós mesmos. O apóstolo João declara: "Vocês, queridos filhos, são de Deus e os venceram, porque aquele que está em vós é maior do que aquele que está no mundo" (1 João 4:4). Quem é o Um em nós? O Espírito Santo. Quem é o mundo? Satanás e seus demônios. Portanto, o crente vence o mundo dos demônios, e o caso de possessão demoníaca em  um crente nunca foi visto nas Escrituras. 


Alguns lideres cristãos usam a "demonização" para se referir a um demônio tendo controle sobre um cristão.  Normalmente, a descrição de demonização é praticamente idêntica à descrição de possessão demoníaca. Assim, resultam nos mesmos problemas. Mudar a terminologia não muda o fato de que um demônio não pode habitar ou assumir o controle total de um cristão. Influência demoníaca e opressão são realidades para os cristãos, sem dúvida, mas simplesmente não é Bíblico  dizer que um cristão pode ser possuído por um demônio ou demonizado. 


A composição elementar da vida - Fé e ciência




Wilma Rejane


A Bíblia não é uma fábula. Ela é o livro mais fantástico de todo o universo! É simplesmente maravilhoso saber que Deus providenciou esse tesouro que contêm os segredos da vida e da eternidade, a criação do homem, sua queda e redenção possível através do sacrifício de Jesus Cristo. Aqueles que compreendem e recebem a mensagem de Deus no coração tornam-se novos em espírito, nascidos de novo para uma nova e viva esperança presente na pessoa de Jesus. E essa mensagem que muitos definem como loucura ou fanatismo é  o desvelar do sentido da vida. Felizes os que crêem, pois somente se pode renascer pela dom da fé . 

"Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo;Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso; Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas." I Pedro 1:7-9

A Palavra de Deus é revelação das coisas criadas, do amor Divino e do plano de Salvação. Contudo, Deus está para além de Sua palavra, pois, se revela de outras formas, no cotidiano da vida, de modo simples e tão elementar que muitos nem percebem. Atualmente existem inúmeros relatos de muçulmanos se convertendo através de sonhos, em lugares onde o Evangelho muitas vezes é proibido de entrar por qualquer meio ou via e Deus age.  A terra está cheia da glória do Senhor (Isaías 6:3) e por essa causa não fomos consumidos, pois ainda que o mal permaneça, o Bem já é vitorioso (Apocalipse 12:11).

Recordar o poder de Deus é fortalecedor. Trazer à memória Seu amor por nós é motivo de gratidão diária. E como forma de recordar é que trago(no artigo a seguir), modestos (porém grandiosos) aspectos da criação do homem. O artigo a seguir reúne fé e ciência, uma mistura que muitos não acatam por acreditar que são elementos distintos. Não creio dessa forma, penso que a ciência tem um método racional e sistemático e que de forma alguma contaria a fé; quem disse que a fé é cega? A fé considera, pondera, examina, é um exercício constante de diálogo com Deus e isso é feito pelo homem espiritual que tem seu aspecto de natural (inclusive). Temos aqui fé e razão unidos necessariamente.

Vamos ao artigo... 



Homem = Adam (Strong 0120) . Adamah significa solo ou chão


O cientista Emergi Slosson ficou fascinado ao constatar a precisão química existente na Bíblia sagrada: "O homem foi feito do solo e os mesmos 14 elementos químicos existentes no solo estão presentes no corpo humano, isso é fantástico!". Slosson fez essa afirmação em 1931, destacando que havia ainda outros elementos a serem descobertos e que apesar de seus esforços, ainda não havia conseguido identifica -los. 

Anos mais tarde o bioquímico Kevin Griffithita, em um de seus artigos científicos chamado "A composição elementar da vida", classificou 23 elementos químicos do solo e também constatou que todos eles estão presentes (em quantidade variável) na composição do homem. Kevin tomou como referência uma pessoa de 70 quilos.






  • E formou o Senhor Deus, o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. Gn 2:7
  • Eis que vim de Deus, como tu; do barro também fui formado. Jó 33:6
  • -E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu. Ec 12:7

Louvado seja Deus. Somos corpo e espírito, vasos de barro dependentes do Oleiro. Através da fé em Cristo temos a Redenção, a vida eterna, recebendo a filiação pelo sangue da nova aliança (João 1: 12,13). Assim, o Oleiro molda o barro transformando-o em precioso vaso, para glória do Seu Nome.

Não posso deixar de dizer sobre a importância de não menosprezarmos a ciência. Se ela é razão, devemos utilizá-la para compreendermos a vida. Tiremos a razão, quanto ciência de nosso cotidiano, e ficaremos desnorteados porque Deus fez o mundo com uma ordem tal que tudo funciona perfeitamente. Ele criou a ciência como lógica sustentável. O cientista Albert Einstein, fascinado com as descobertas do universo, declarou: "Deus não joga dados com o mundo", ou seja: a criação não é aleatória, nem fruto do acaso. Somos assombrosamente bem planejados. Quem, a não ser Deus poderia criar um ser tão fabuloso partindo do barro? Em assuntos de fé não cabe dúvidas, mas se não fosse as dúvidas movendo a ciência jamais seríamos brindados com descobertas como esta.

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O artigo utilizou como fonte:

BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Plenitude, Tradução João Ferreira de Almeida, São Paulo, Sociedade Bíblica do Brasil, 1995.

A descida pelo telhado do paralítico de Cafarnaum



Wilma Rejane



“ E deixando Nazaré, Jesus foi habitar em Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de Zebulon e Naftali, para que se cumprisse a profecia de Isaías”.


Cafarnaum localizava-se na costa ocidental do mar da Galileia, na fronteira entre duas tribos antigas: Zebulon e Naftali. Uma profecia de Isaías dizia que a chegada de Jesus no local iria trazer libertação dos inimigos. Isaías 9:1,2 “Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulon e a terra de Naftali; mas nos últimos dias, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, a Galileia dos gentios. O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz”. Assim, em Cafarnaum Jesus opera muitos milagres, dentre os quais destacarei a cura de um paralitico descrita nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas.


"A ti te digo:Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.E levantou-se e, tomando logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos." Marcos 2:11-12


Aconteceu na casa de Simão Pedro. Jesus estava reunido ali com os fariseus quando as pessoas ficaram sabendo e se aproximaram para ouvi-Lo. Era tanta gente que a porta principal da casa ficou lotada, interditada, ninguém podia mais entrar ou sair, a não ser quando a reunião terminasse. E eis que quatro homens apressados e decididos a falar com Jesus surgem entre a multidão,  carregavam uma maca e nela estava deitado um paralitico, impossibilitado de movimentar pernas, braços e de voz prejudicada. Seus amigos eram as “mãos,  pés e  voz” do homem escravizado pela doença. Eles queriam falar com Jesus, precisavam falar com Ele. Só que , apesar da urgência e do estado, ninguém deu passagem. Todos e cada um, estavam ocupados demais com seus próprios problemas e a solução deles, o paralitico, era apenas mais um que buscava desesperadamente a cura.


Nem todos têm sensibilidade para perceber as necessidades do outro e encará-las com a mesma dor de quem a vive e ainda que o problema seja visível, poucos se dispõem a ajudar. No caso do paralitico de Cafarnaum, entre 100, 200, mais ou menos, quatro amigos foram sensíveis e determinados na busca pela felicidade do semelhante. De forma admirável, eles empreenderam tempo e esforço em busca de algo que parecia difícil de se realizar, e quem sabe, por esse motivo, as pessoas não tenham aberto o caminho, dado passagem para a maca e o doente. Para eles, aquele era um caso perdido. Mas, no coração dos amigos do paralitico, a fé já havia brotado, criado raízes, e agora, eles estavam ali, em busca do fruto da fé. Tinham certeza que estavam na hora e no lugar certo e nada poderia lhes impedir de ver o milagre.

Dos montões de pó, Deus ergue o necessitado.




Wilma Rejane


Neemias foi contemporâneo de Esdras. Ambos viveram em uma fase difícil da história de Israel, quando o povo havia sido levado cativo para Babilônia e os que ficaram na cidade de Jerusalém, conviviam com um cenário desastroso. A cidade estava destruída. Casas e muros derrubados,  construções em pedras despedaçadas pelo contato com o fogo e fúria dos inimigos.


“Os sobreviventes, lá na província que escaparam do cativeiro estão em grande dificuldade e vergonha, o muro de Jerusalém é dividido, e as suas portas foram destruídas pelo fogo.” Ne 1:3


Copeiro do rei Artaxexes, considerado funcionário de confiança da corte, Neemias servia na capital de Susã, a 150 milhas do Rio Tigre, que atualmente é o Irã. Ele adquiriu permissão e favores do rei para voltar a Jerusalém e reconstruir a cidade e suas fortificações. O ano é aproximadamente 432 a. C. O que aprendemos com Neemias? Essa é mais uma narrativa Bíblica fortalecedora, restauradora!  Neemias era um homem de fé e temor a Deus, morando em um luxuoso palácio, nada lhe faltava, mas seu coração desfalecia pelos compatriotas  judeus. Ele deixa o palácio e segue em missão para Jerusalém. Um homem que revela a grandeza da intercessão, da oração humilde, sincera e cheia de amor ao próximo. Além disso, a capacidade de discernimento de Neemias é algo que devemos buscar a fim de não cedermos às ciladas do inimigo.


“À noite me levantei, e uns poucos homens, comigo; não declarei a ninguém o que o meu Deus me pusera no coração para eu fazer em Jerusalém . Então, lhes disse: Estais vendo a miséria em que estamos, Jerusalém assolada, e as suas portas, queimadas; vinde, pois, reedifiquemos os muros de Jerusalém e deixemos de ser vergonha.” Neemias 2:12 e 17.

Reedificar a cidade de Jerusalém representava também  recobrar os ânimos dos moradores, a alegria de espírito, a comunhão espiritual com Deus. Jerusalém estava nua, desprotegida. Sem fronteiras, os inimigos adentravam livremente na cidade, saqueando o que restava, inclusive as vidas. Disse Jesus: “Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua nudez.” Ap 16:15.  Essa situação é tão idêntica ao homem caído, entregue ao pecado. Sua alma fica refém do diabo que tem acesso livre às portas de seu coração.  Neemias vem nos dizer que as fortalezas de pedra, destruídas e queimadas a fogo pelos inimigos, podem ser erguidas novamente, aleluia!


E sucedeu que, ouvindo Sambalate que edificávamos o muro, ardeu em ira, e se indignou muito; e escarneceu dos judeus .E falou na presença de seus irmãos, e do exército de Samaria, e disse: Que fazem estes fracos judeus? Permitir-lhes-á isto? Sacrificarão? Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas? Neemias 4:1-2


Carta para uma adolescente



João Cruzué


Eu sei que você cresceu; já tem quase minha altura . Que é muito bonita, mas quando se olha no espelho se acha um patinho feio. Por que tanta insatisfação, consigo mesma, e tanta preocupação? Tenho uma boa notícia: Jesus ama muito você.

Por que se preocupar tanto com namorados, se aborrecendo com as outras, se vai bastar um - aquele especial - preparado por Deus? Já dizia o Rei Salomão: Que para tudo, há o seu tempo determinado. Vá mais devagar, não precisa correr. Tenha calma.

A vida sentimental de uma jovem, tem grande importância no futuro. Em provérbios 18:22 diz: Quem acha uma esposa encontra a felicidade pois recebeu uma bênção de Deus, o SENHOR. A recíproca, em nossa cultura, também é verdadeira: Quem acha um esposo encontra a felicidade pois recebeu uma bênção de Deus.

Quem deve estar à frente da sua vida sentimental é o Senhor Jesus. A direção é só dEle, direto a você; sem intermediários. De um lado, não se desespere porque não arranjou ainda um namorado. Por outro, não é correto namorar um atrás do outro para descobrir qual será o melhor. Você nunca saberá e vai se frustrar. Ore pois a bênção vem do Senhor. 

Nascemos incompletos, e no Senhor, o esposo e a esposa, se amparam, se amam, se completam, e podem ser muito abençoados, prosperar em tudo que pusserem as mãos, desde que, lá no começo, bem lá atrás, o Senhor tenha preparado um para o outro. O que o Senhor prepara é mais precioso que um grande diamante.

Por que está tão apressada, preocupada, gastando tanto tempo em arrumar os cabelos, comprando mais e mais sapatos, roupas, e sempre se olhando no espelho para ver se há ainda há alguma coisa para ser melhorada? Cuide se bem, mas não faça disso uma neurose. Se embelezar faz parte da adolescência, mas não precisa haver exageros. 
De novo, não se esqueça: o Senhor Jesus a ama. Não tome a frente dele. Não se apresse achando que Ele está muito devagar, que não está se preocupando com você. Isso não é verdade. Olha, a insastifação é como uma casca de banana no chão. E, Como é difícil alguém ficar contente com o que tem, não é mesmo? Deus quer que você se alegre com o que tem, para receber mais dEle.

Sobre o tempo e as linhas, armadilhas do Facebook



“A ilusão nos engana justamente fazendo-nos passar por uma percepção autêntica.” 
 Merleau-Ponty    


Wilma Rejane


Existe uma geração vivendo de ilusão. A ilusão de que  a vida pode ser a sobrevida, a câmara secreta descrita pelo profeta Ezequiel: Por fora um templo de glória. Nas recâmeras, buracos profundos, revestidos de imagens de deuses no qual se prostram multidões (Ezequiel 8:1-18). Assim descrevo as redes sociais com todas as suas mazelas, mas onde cada um procura transmitir uma imagem bela e boa. Por esse motivo, abandonei o Facebook. Para não ser tragada pela vaidade, para me sentir mais perto de Deus e mais produtiva no dia a dia. É estranho que eu tenha demorado a perceber que a ideologia da rede social Facebook é uma teia de valores truncados e aliados a corpolatria, egocentrismo e consumo absurdo de seu precioso tempo.  Fato é que alcancei um perfil lotado e divulgar o blog através  do Face, me rendia aumento diário no número de visitas. Mas auge e tragédia se unem nas grandes proporções numéricas quando o assunto é: Facebook ou qualquer outra rede social. Amigos não são amigos e muita audiência pode significar que você está na direção errada. Você pode até está publicando um conteúdo que agrade,  cristão e coerente, mas se o faz  com  objetivo de “ter muitas curtidas” já está pecando. A vaidade já tomou conta do  coração. A ilusão se legitimou porque “o engano se fez passar por uma percepção autêntica”, de evangelismo, bondade ou outros sentimentos “bons e perfeitos” como todos que passeiam nas linhas do tempo do: Facebook. 


O Evangelho não tem pretensão de alcançar popularidade, mas vidas: famintas por justiça, consolo, por outras vidas despedaçadas, ávidas por serem restauradas. A internet é mesmo uma benção como meio de evangelizar, mas acredito que muitas vidas estão se perdendo pelo excesso, pelo vício.  E ainda que essa mensagem encontre opositores, defensores de uma conexão virtual em tempo integral, estou convicta de que ter sucesso nas redes sóciais  pode representar um abismo. Primeiramente porque para manter o status de popularidade a pessoa terá que investir boa ou grande parte do seu tempo atualizando informações. Se você não é popstar com assessoria de comunicação, então, terá que bancar todo o trabalho e isso consumirá não apenas tempo, mas desgaste físico, mental e espiritual.  È o meu caso, pois não sou pop, nem star, e bancar sozinha a manutenção de páginas no Facebook, estava me  consumindo. Parei e pensei: Para onde estou indo? Quero de volta meu tempo em estudo da Palavra, em oração, em passear de mãos dadas com meu esposo à tardinha em caminhada pelos parques da cidade, conversar demoradamente, tomar sorvete de abacaxi com limão saboreando-o lentamente,  com pausas para risos e planos para o futuro... quero viver, de coisas simples e belas e não de Facebook que exibe uma “beleza plastificada” que esconde a essência da alma.  Escolho a modéstia das horas em anonimato com Deus, com a família, com meus alunos que por sinal, veneram o Facebook. E vejo quanto  mal isso faz para eles que desperdiçam aulas e horas entrando e saindo da sala para acessarem: o Facebook. 


Às Margens do Quebar entre os mais vendidos na Saraiva

Mécia Moura



Wilma Rejane


Já se passaram dois anos desde o lançamento, mas a aceitação do livro continua surpreendendo. Semana passada  Às Margens do Quebar entrou para lista dos mais vendidos na Livraria Saraiva, um dos maiores pontos de venda do País. Confira Aqui


E-mails de leitores do blog, interessados em adquirir o livro, também são constantes. Para isso, criei a página que fica na  parte superior do blog " comprar livro",  com indicação dos locais  e opções de compra. Os preços estão bem variados e só para facilitar, listarei algumas promoções:


Deus tem um endereço



Quando eu era estudante, nas férias, costumava vender livros que tratavam de temas ligados à saúde, prevenção de doenças e uso de drogas. Em cada casa que eu oferecia meu material, as pessoas acabavam tocando na questão da religião, talvez por causa do assunto dos livros. Um argumento que eu ouvia em quase todas as casas era: “Acho que não importa qual o caminho, pois todos eles levam a Deus! Basta falar de amor. Se falarmos de amor, falamos de Deus!” O que você acha? Esta afirmação está certa?


Sempre que comparamos o nosso modo de pensar ao de Deus, encontramos muitas diferenças, do mesmo jeito que pais e filhos diferem na forma de encarar a vida. Por exemplo, diante de uma piscina, uma criança de três anos de idade vê “um lugar para se refrescar”, mas os pais enxergam um lugar perigoso onde a criança pode se afogar.

Nós, filhos de Deus, vemos um mundo cheio de atrativos, porém, Deus vê um mundo cheio de armadilhas, de enganos que nos afastam dEle. O homem vê muitos caminhos que podem conduzir à “salvação”, mas Deus vê um único caminho, o caminho que Ele mesmo traçou.


Você lembra que no Éden Deus falava com Adão e Eva face a face? (Gênesis 3:8). Mas o casal, exercendo sua liberdade de escolha, se afastou cada vez mais do Seu Criador.

Ao invés do homem correr atrás de Deus, foi Deus quem quis ficar pertinho do homem. Ele disse a Moisés: “E farão um santuário para mim, e eu habitarei no meio deles. Êxodo 25:8. A vontade de Deus era estar fisicamente no meio do Seu povo. Ele prometeu: “Ali eu me encontrarei com você." Êxodo 30:6 - NTLH.

Deus deu a Moisés instruções detalhadas, medidas específicas; mostrou-lhe o modelo do santuário que existe no Céu e o advertiu: Tenha o cuidado de fazê-lo segundo o modelo que lhe foi mostrado no monte.” Êxodo 25:40. Deus tem um santuário no Céu, mas também queria um santuário na Terra. “O mais importante do que estamos tratando é que temos um sumo sacerdote como esse, o qual se assentou à direita do trono da Majestade nos céus e serve no santuário, no verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem.” Hebreus 8: 1 e 2 (Grifo acrescentado)

Como era o Santuário?

Livre do vício em pornografia - Testemunho de James Jennings





Como Mefibosete disse a Davi: " Por que você se acha em dívida em relação a mim, um cachorro morto" (I Sm 9:8) e essa indagação de Mefibosete aconteceu depois de Davi ter lhe dito: "Você comerá na minha mesa todos os dias da sua vida". Eu digo o mesmo para o Senhor: " Por que Ele se importa comigo, um cachorro morto?" Jesus pagou um preço tão alto por mim, Ele me salvou, me formou e fez tudo para que através de minha vida Deus fosse glorificado. É por isso que estou aqui dando esse testemunho, porque acredito na salvação e graça de Deus para com os homens. Eu oro para que o Senhor me ajude  a fazer muito pela obra de Cristo ao falar do meu passado e de onde estou agora. Testemunho de James Jennings.






Memorial Betel



“Quero trazer a memória aquilo que me dá esperança" Lm 3:21





Wilma Rejane

Betel  é uma cidade cananeia da antiga região da Samaria, situada no centro da terra de Canaã, seu nome significa “morada de Deus”. Abraão estava no Egito, quando a fome e a seca afetam o lugar e ele volta para Betel, retrocede na jornada de aproximadamente 2.400 km com destino a Canaã. Ao ler esse episódio sobre Betel, me perguntei: por que Abraão escolheu voltar no caminho? Por que sai no Neguebe, atravessa em média mais três cidades rumo ao altar em Betel? A resposta que encontrei, me convidou a fazer tal qual Abraão: “ erguer memoriais em Betel”.

E Abraão fez as suas jornadas ao Sul de Betel, até ao lugar onde, ao principio, estivera sua tenda. Até ao lugar do altar que, dantes ali tinha feito; e Abraão invocou ali o nome do Senhor. Gn 13:3,4


Nenhum outro lugar, havia marcado tanto o patriarca. Ele foi atraído de volta a Betel, pelas boas lembranças da intensa presença de Deus. Ele quis fortalecer a fé, se nutrir de forças para prosseguir até o destino final. Boas lembranças, têm esse poder catalizador de animar o ser. Lembro com muita clareza de minha infância e de como aguardava ansiosa a chegada do fim de semana para dormir na casa de minha avó materna, por nome Àguida. Seus braços eram imãs a atrair os netos; carinho, boas histórias, cocadas esfriando na janela, a deliciosa sopa de frango com legumes e as incomparáveis pamonhas! Jamais esqueci.