Uma reflexão inédita sobre as cores dos cavalos do Apocalipse

 

Wilma Rejane

O arco mais famoso da Bíblia é o Arco-íris, símbolo da graça e misericórdia Divina, sinal de que a terra jamais seria destruída por dilúvio novamente (Gênesis 9:11-16). Porém, além da menção do Arco-íris, há dezenas de citações bíblicas sobre o Arco, instrumento de guerra, constituído de pedaço de madeira forte com uma corda flexível, presa nas suas extremidades para facilitar o lançamento de flechas.

No capítulo 6, versos 1 e 2 do livro de Apocalipse há menção a um cavalheiro empunhando um arco, vejamos:

E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia como em voz de trovão: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer.

A referida passagem inaugura a abertura do primeiro selo de Apocalipse que provoca a liberação dos cavalos branco, vermelho, preto e amarelo ou verde musgo.

A primeira dúvida que surge no leitor é sobre a identidade do cavalheiro, quem seria? Ele não é Jesus, uma vez que Jesus é o Cordeiro que abre o selo autorizando  a cavalgada do cavalheiro e seu arco no cavalo branco. O cavalo branco não simboliza paz pelos motivos abordados a seguir.

Se o contexto é de males, como pode o cavalo branco simbolizar a paz? Como pode a chegada do cavalheiro da paz causar peste, guerra, fome, violência e infortúnios? Interpreto que a cor branca do primeiro cavalo não representa paz, mas simboliza poder sobre os demais cavalos uma vez que a cor branca carrega em si todas as cores e a cor preta, por sua vez, absorve todas as cores. Utilizando de uma explicação cromática, presente nos manuais de cores, temos a seguinte disposição: cor branca= reflete todas as cores; cor vermelha=primária; cor preta=absorção de todas as cores; cor verde=secundária.

De modo fabuloso e Soberano, Deus inspirou o apóstolo João a descrever nas cores dos cavalos do Apocalipse, a representação de todas as cores existentes no Universo, a saber: Primárias, secundárias, terciárias e neutras. O que isto significa? Domínio, Excelência, Controle, Soberania, Graça e tantas outros adjetivos que não cabem nessas poucas linhas.

Temos ainda outro aspecto crucial, de extrema importância a ser observado em Apocalipse 6. O cavalheiro entra em cena com um arco nas mãos e o arco na Bíblia pode representar Misericórdia e Graça, mas também Juízo! Representa Misericórdia e Graça quando o arco é o Arco-Íris. Representa juízo quando o arco é acompanhado de males e calamidades, tal qual um arco, arma de guerra. Portanto, o arco que o cavalheiro do cavalo branco carrega é expressão do juízo de Deus sobre a terra! Sobre toda a terra! Em Oséias 2:18, está escrito:


Naquele dia farei por eles aliança com as feras do campo, e com as aves do céu, e com os répteis da terra; e da terra tirarei o arco, e a espada, e a guerra, e os farei deitar em segurança. 

Segundo o verso, o arco sobre a terra produz juízo, ao ser retirado há paz, prosperidade e segurança . 

Zacarias 9:10 diz: E de Efraim destruirei os carros, e de Jerusalém os cavalos; e o arco de guerra será destruído, e ele anunciará paz aos gentios; e o seu domínio se estenderá de mar a mar, e desde o rio até às extremidades da terra. 

A retirada do arco trouxe o anuncio da paz e do domínio sobre toda a terra! Quem é o mensageiro da paz e do domínio? Jesus Cristo, Cordeiro de Deus!

A partir das interpretações expostas, compreendo que o cavalheiro do cavalo branco de Apocalipse 6 inaugura um período de juízo sobre toda a terra! 

Jesus Cristo, Cordeiro de Deus ao abrir os selos, por Seu soberano domínio, dá poder ao cavaleiro para lançar flechas provocando mortes e catástrofes com o propósito de cumprir as profecias sobre o final dos tempos, conduzindo pessoas ao arrependimento e salvação, muitos porém, entrarão em perdição por rejeitarem os alertas e últimas convocações.

A geração de hoje está vivendo o que está escrito em Apocalipse 6, o arco do juízo está sobre a terra, todos os lugares, quer seja nos campos ou nas cidades passarão pelo juízo. 

Compreendo a presença do campo em simbologia para cores primárias, naturais. As cidades estão representadas nas cores pigmentadas, uma vez que a pigmentação é um processo de intervenção, industrialização das cores.

Compreendo o juízo na cor branca, aquela que reflete todas as cores, inclusive as cores do Arco íris, como afetação dos elementos sol, ar, lua, astros; são eclipses, calores, frios, enchentes, seca, dentre outros.

Compreendo o juízo na cor preta, aquela que é resultado da absorção de todas as cores, como simbologia para absorção do gozo, da fartura, da vida através da fome, da escassez da carestia. 

A terra está sob o juízo de Deus nesse exato momento, estamos presenciando e ainda vamos presenciar coisas jamais vistas!

Outro detalhe é que as cores dos cavalos do Apocalipse, também são cores das bandeiras dos países do Oriente Médio. Percebamos o protagonismo dessas nações nesse momento da história, através dos acordos de Abraão e parcerias politicas importantes no cenário mundial.

Estamos no tempo do fim, literalmente! Os reis do Oriente terão um domínio também nunca vistos anteriormente, para que se cumpram todas as profecias Bíblicas que iniciaram no Oriente e terminarão também com protagonismo do Oriente.

É tempo de arrependimento, Jesus Cristo está às portas, Ele quer te conceder vida em abundância! Não retarde ou negligencie sua salvação, Jesus Cristo te concederá forças para vencer o pecado e a morte, pois Ele tudo venceu por amor de nós.   

Deus  o abençoe em nome de Jesus!

Um comentário:

Wilma Rejane disse...



A interpretação apresentada no artigo não tem pretensão de ser regra, é apenas a forma como o Espírito Santo de Deus me deu a entender os acontecimentos do fim escritos no capítulo 6 de Apocalipse.

Deus o abençoe, em nome de Jesus