Quando o calendário mudar

FELIZ ano novo!



João Cruzué

Quando o calendário mudar, tome uma sábia atitude. Converse com o Senhor em oração e combine com Ele que você não vai mais "guardar" aquelas coisas velhas e ruins no seu coração. Não leve para o ano novo aquele lixo que está apodrecendo em algum canto de seu coração. Jogue tudo aquilo fora através do PERDÃO e deixe que alegria do Senhor entre sem barreiras em sua vida.

Lembranças ruins - principalmente aquelas que nos trouxeram prejuízos, grandes e pequenos. Aprendi que quando elas são descartadas de nosso coração Deus pode trabalhar em nosso favor e nos abençoar com o dobro de tudo quanto nos levaram ou que nós mesmos perdemos. O maligno pode levar, mas Deus pode dar aquilo em dobro, em triplo, se pudermos perdoá-las e descartarmos as más lembranças. Fale para o Senhor Jesus que, neste inicio de ano, você perdoa de coração tais tranqueiras e vai jogá-las no lixo, onde é o lugar delas. Mágoas retidas são como portas sempre abertas para o diabo. Ele pode entrar por uma mágoa, uma raiz de amargura, e depois fecha as portas para as bênçãos de Deus. Como tenho alguma experiência nisso aconselho: jogue fora as mágoas que o diabo vai junto. Vamos fazer isso?


Coisas que entristecem o Espírito Santo - temos a liberdade de fazer tudo que quizermos, mas nem tudo nos convém fazer. Uma pessoa verdadeiramente cristã deve ouvir primeiro a voz do Espírito Santo. A nudez, não agrada a Ele; a prostituição, também não. A bebida alcoólica é um grande perigo. A medicina diz que alcoolismo não tem cura. Imagine um cristão atraído pelo marketing das bebidas. De pouco a pouco ele vai se aproximando do perigo. Ao ser fisgado, certamente correrá o risco de perder o nome e até a família. Um dos instrumentos malignos mais eficazes para destruir uma família é o alcool. Quem sabe se você tem uma tendência a ser alcoólatra e não sabe. Quando descobrir será tarde demais. Fuja da bebida. Álcool, nudez e prostituição: três coisas que entristecem o Espírito Santo.


Crônica sobre o Natal: o outro lado, onde não estou.

Foto:Marcel Gauteroth- que lugar é esse onde não estou?



Wilma Rejane

Vivemos um paradoxo nessa época do ano. Enquanto famílias se reúnem em ceia comendo e bebendo, muitas outras famílias não sabem o que é ser família porque estão separadas, desestruturadas. Muitas, não sabem o gosto que tem um peru bem temperado assado no forno, porque amargam desemprego e miséria. Enquanto famílias se reúnem alegres e bem vestidas, outras estão separadas pelo ódio, pelos desencontros da vida, com roupas usadas o ano inteiro,por falta de dinheiro. Para muitas famílias e anônimos, solitários, as festas de natal revelam um lado impiedoso e nada solidário da humanidade: quem se importa com quem não pode viver essa festa em todos os seus pormenores? Quem se importa com quem está dormindo na rua,sem cobertor e distante da luminosidade suntuosa das imensas árvores coloridas, aquecidas por luzes que piscam? 

Em muitas mesas haverá tanta comida que sobrará e o lixo se multiplicará nos toneis. Em paradoxo, outras tantas mesas estarão vazias de comida e de assentos, pois as pessoas estarão separadas, haverá fome de amor. Um paradoxo. Enquanto champanhes são abertos, lágrimas são disfarçadas, enxugadas em faces enrugadas, maquiadas. Tudo se torna mais grave do que antes porque no silêncio dos sinos, dos tinos, a dor aumenta. O outro lado das festas de natal pode ser cruel,tão cruel quanto a escuridão que pairava no céu naquela noite em Belém da Judeia,até que veio a estrela guiando os sábios para um Salvador. Era um menino, uma criança de dois anos que escapará da matança de um rei enfurecido. Mães choravam seus filhos, era luto em Ramá, mas o broto de esperança havia sido preservado: Jesus.O outro lado das festas modernas de natal também têm suas tragédias como a ocorrida em Ramá: choro,  dor,  luto, mas lembremos que foi em Ramá que se conservou o broto de Esperança.

A Estrela do Natal e o Natal da Estrela.




Wilma Rejane


"E, tendo nascido Jesus em Belém de Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém, dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo." Mateus 2:1-2

A fenômeno conhecido como estrela de Belém permanece enigmático através dos tempos. E a cada fim de ano ele ressurge, presente no topo de árvores enfeitadas, nas ilustrações natalinas e no imaginário humano. E apesar das inúmeras teorias que desmentem o acontecido e ou tentam mistificá-lo, o certo é que a Bíblia narra o aparecimento da estrela relacionando-o ao nascimento de Jesus Cristo, o Messias prometido.

Os magos que acamparam em observação da estrela são chamados de sábios e podem ser comparados aos estudiosos que auxiliavam  cortes e governos, semelhantes ao profeta Daniel, sempre solicitado para desvendar enigmas. Essa pratica não deve ser entendida como superstição, magia ou coisa parecida. Os magos, de fato, conheciam as Escrituras e acompanhavam os sinais para a tão aguardada restauração de Israel.

Os Evangelhos dizem que eles viram a estrela e reconheceram ser um sinal Divino. O episódio motiva muitas indagações, entre as quais: “ Como eles souberam que a estrela anunciava o Messias, o que tinha de especial naquela estrela?”. Em leitura mais acurada, podemos concluir que a estrela não apareceu apenas no dia do nascimento de Jesus, ela pairou no céu por dias, chamando à atenção dos magos:

" Então Herodes, chamando secretamente os magos, inquiriu exatamente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera”. Mateus 2:7


No diário da blogueira: 10 anos de blog e jornada diária



Olá, queridos leitores!

Espero que todos estejam bem, firmados na fé e na esperança que há em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Estamos chegando ao findar de mais um ano, nesse Dezembro de 2017, completamos 10 anos de blog! Começamos esse trabalho em 07 de Dezembro de 2007. No decorrer de todos esses anos, temos tido a satisfação de participar da vida de muitos leitores, alguns, acompanham o blog desde sua inauguração e outros acabaram de conhecer esse trabalho, contudo, em ambos os casos, somos gratos pelos testemunhos e criticas aqui depositados. Essa interação, cremos, é resultado de um mover provocado pelas mensagens, que têm justamente o objetivo de transformar o estado das coisas para melhor, pois, Jesus vive hoje e agora e para todo o sempre e Nele nos apoiamos e Sua Palavra, sabemos, produz resultados (Isaías 55:10-13). Ainda que não vejamos, que não tenhamos uma real dimensão do alcance da mensagem sabemos que Deus fala aos que têm fome e sede de justiça (Mateus 5:6).

É notório que nesse 10º ano de trabalho o blog perdeu ritmo, temos demorado um pouco mais a atualizar os artigos. Vários são os motivos que contribuem para isso, a vida dos editores do blog mudou um pouco (ou muito) no decorrer desses anos. Eu, Wilma, que vos falo, trabalhava apenas um turno, ficava a maior parte do tempo a sós em casa e aproveitava bem  para ler e escrever . Foi um período que produzi muito! Hoje trabalho dois turnos e estou sempre rodeada por minhas netinhas, curso mestrado em Filosofia pela Universidade Federal do Piauí, sou professora titular da escola Bíblica dominical e coordeno alguns projetos educacionais com jovens do ensino médio. Um desses projetos é minha tese de mestrado: “Desenvolver a imaginação crítica através do diálogo entre cinema e Filosofia”. Sei que estou em débito com a produção literária no campo teológico, mas no campo da filosofia, estes últimos dois anos tem sido de crescimento. No último dia 7, por exemplo, a Universidade Federal do Piauí lançou uma coleção de livros voltada para formação dos professores (Saberes e Práticas), para isso selecionou os melhores trabalhos de conclusão de curso (Filosofia). Aí está a coleção:

A herança das filhas de Zelofeade





Wilma Rejane

Zelofeade era um pai da tribo de Manasses, a menor tribo de Israel, numericamente falando. No livro de Números capitulo 27 ele é citado por suas cinco filhas: Macla, Noa, Hogla, Milca e Tirza. Estas procuraram Moisés para reivindicarem o direito a herança: Zelofeate havia morrido no deserto de Moabe e segundo a lei daquela época, filhas mulheres não tinham direito a herança.

“Nosso pai morreu no deserto, e não estava entre os que se congregaram contra o Senhor no grupo de Coré; mas morreu no seu próprio pecado, e não teve filhos. Por que se tiraria o nome de nosso pai do meio da sua família, porquanto não teve filhos? Dá-nos possessão entre os irmãos de nosso pai. ” Números 27: 3,4.

Primeiramente e antes de tudo digo que este artigo não tem objetivos feministas de aludir à causa de igualdades de direitos mediante gêneros masculino e feminino. Também não tem por objetivo combater o sistema patriarcal do Oriente na antiguidade. O que se pretende enfatizar aqui é a providência Divina atuando frente as desigualdades sociais que existem desde sempre em qualquer tempo e lugar. As filhas de Zelofeate são representantes de uma transformação social ímpar, consequência de uma cooperação familiar necessária. São um exemplo de fé porque ousaram se apresentar diante de um tribunal constituído por Deus a fim de serem auxiliadas.


Casamento: o que fazer quando chega a crise, o divórcio é inevitável?





Por João Cruzué e
Carta de leitora


Trabalhei por quase seis anos à frente de uma congregação da Igreja Assembleia de Deus e, já a partir da primeira semana, peguei amor pela Igreja. O tempo que fiquei, comparado com o de outros dirigentes de congregação foi muito pouco, mas eu descobri que as coisas quando são feitas na vontade de Deus vão prosperar, mesmo que por certo tempo possa parecer que não. Quando a luta se abate forte sobre uma família, a última palavra sobre um casamento quem pode dar é o Senhor Jesus Cristo. Basta que você faça uma coisa fundamental. É sobre isto que vamos refletir.

A Igreja, na Bíblia, sempre foi comparada como uma noiva e seu bem amado é o Senhor Jesus Cristo. O amor fiel de Cristo pela Igreja, é o melhor exemplo para um casal de noivos a caminho do altar. Uma coisa curiosa, por outro lado, tem acontecido: Jovens cristãos que a pouco tempo se casaram, dois anos, cinco anos, sete anos, não desfizeram os votos de fidelidade, porque descobriram os defeitos ou os vícios do cônjuge. Particularmente, por estes dias, uma pessoa conhecida, que abandonou a esposa e os filhos para tentar construir um novo lar, se assentou ao meu lado e começou a abrir seu coração.

Uma família é um dom de Deus. Ela não deve ser constituída a toque de sentimentos, apenas. Aquela frase "o amor é eterno, até que dure" é uma peça de publicidade mentirosa. Deus criou o amor, e ele pode ser eterno, mesmo que advenha tempestades com raios e trovões. O detalhe é: quem escolheu seu cônjuge - foi você mesmo, ou esperou pela vontade do Senhor Jesus? Aqui está o grande segredo. Quem acha uma esposa (ou um esposo), diz a Bíblia: alcançou o favor de Deus.

Uma esposa não é um copo descartável, para que você beba por cinco, dez, 20 anos e depois joga fora. O cristão não se enamora primeiro de qualquer pessoa, e só depois vai perguntar para o Espírito Santo se é aquela é o prometido ou a Rebeca. Um lar não deve ser formado na base de sentimentos, porque nosso coração pode ser tomado de paixão, e depois que a paixão passar, vamos tentar formar um outro. Assim como Jesus sempre vai ser o Noivo da Igreja, da mesma forma quando dois jovens se casam, é um casamento para toda vida.

O sofrimento em uma perspectiva Bíblica



Wallace Sousa

 Estou absolutamente convencido de que os nossos sofrimentos do presente não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada.Romanos 8:18 (KJA)

Existem duas coisas bem difíceis sobre o sofrimento. A primeira e mais lembrada é que não é fácil passar pelo sofrimento. E essa é uma verdade ululante, auto evidente, tanto que as pessoas que “gostam” de sofrer, assim como as que “gostam” de fazer as outras sofrerem, são tidas como portadoras de distúrbios ou doenças, tais como masoquismo ou sadismo.

A segunda coisa difícil sobre o sofrimento é a forma equivocada que a maioria de nós tem de encará-lo. Sim, nós nem sempre enxergamos o sofrimento da perspectiva correta, principalmente se estamos passado por ele, por algum tipo de sofrimento.

Mas, Wallace, você me perguntaria, entre uma lágrima e outra, ou entre um gemido e outro ou, ainda, entre ai‘s e ui‘s, quer dizer que eu estou errado em ver o sofrimento como algo incômodo, ruim e desagradável? Quer dizer que a dor que eu sinto, esse sofrimento terrível que eu estou passando, quer dizer que é invenção da minha cabeça? Calma, vou explicar, não precisa ficar com raiva de mim. Quer dizer, pelo menos ainda não.

Sim, o senso comum claramente nos diz, e nós temos nossos sentidos para ratificar isso, que o sofrimento não é agradável e nem bem-vindo, que nossa vida fica de pernas pro ar quando estamos em meio ao sofrimento. Todo mundo sabe que sofrimento é sinônimo de dor, de sentimentos de perda, de lágrimas e tantas outras coisas que preferimos esquecer.

Mas, só existe essa forma de encarar o sofrimento? Será?

Sim, existe uma outra forma sim. E sabe qual é? Nós devemos enxergar o sofrimento, também, pelo prisma do aprendizado,  das grandes lições que tiramos desse tipo de situação.

O sofrimento é um grande professor. E o próprio fato de você entender, aceitar e começar a prestar atenção no sofrimento faz com que ele diminua bastante, muito mesmo!

Dito isso, vamos ver o que Paulo (alguém que aliás, também aprendeu muito com e por causa de seu sofrimento) tem a nos dizer sobre o assunto. Até mesmo de Jesus é dito o seguinte: ele veria o resultado de seu sofrimento e ficaria satisfeito (Is 53.11) e que ele aprendeu a obedecer através das coisas que sofreu (Hb 5.8)! Estranho, né?

Então, vamos aprender um pouco mais? Quem sabe se isso te ajuda a suportar esse seu sofrimento? Não vai lhe custar nada, garanto. Vamos lá?

1. Convencido

A primeira coisa boa que podemos aprender de algo ruim que nos acontece é que aquilo pode servir para o nosso bem. Coisa que, sejamos sinceros, não é nem um pouco fácil.

Basicamente porque nós já estamos convencidos de que tudo que nos faz sentir mal ou passar por maus bocados tem que ser, necessariamente, mal também. Ou seja, é necessário haver uma mudança de mentalidade, no caso sair de uma mentalidade que ignora e despreza a Palavra de Deus e passarmos a crer e aceitar a vontade de Deus.

Em outras palavras, nós precisamos nos render à Palavra, que é o mesmo que levarmos todo entendimento cativo – o nosso inclusive – ao senhorio de Cristo. E, para deixar claro: enquanto você vive à margem da vontade de Deus, seu sofrimento é maior e não terá fim.