Três regras que ajudarão a vencer a ansiedade



Wallace Sousa

"Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus." Filipenses 4:6,7

A ansiedade é uma das grandes vilãs deste século. Aliás, para ser mais preciso, já no séc. XX a ansiedade, juntamente com a depressão, era considerada um mal bem presente na vida das pessoas. Eu já fui muito ansioso, então posso dizer que sei como esse sentimento é desagradável e difícil de se lidar.

A despeito de muitas tentativas que fiz de lidar com isso e, pra variar, quebrei a cara, a melhor e mais eficaz forma que eu encontrei de lidar com a ansiedade foi através da meditação e da confiança na Palavra de Deus.

Esse versículo que abre o post foi o melhor remédio que encontrei quando passei por situações onde a ansiedade ultrapassava os limites e vencia todas as minhas resistências, a despeito de meus melhores esforços. Outro versículo que também foi muito importante nessa luta contra a ansiedade foi este aqui:

Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. Salmos 46:10

Entretanto, deixe-me dizer-lhe algo: tal como um remédio que, para fazer efeito, ele deve ser tomado conforme a prescrição médica, ou seja: nas doses recomendadas, nos horários prescritos e durante o período determinado, a Palavra de Deus também precisa ser observada segundo os mesmos critérios.

Por isso, não basta apenas você ler e não crer, ler e não praticar, ler e não observar, assimilar e viver de acordo. Imagine comigo: e se o médico lhe prescrever algo, você ler e não comprar o remédio, ou comprar e não tomar, não fazer uso dele, o que vai acontecer? De quem será a culpa se você não ficar curado daquela enfermidade? Do médico ou sua?

Jesus e Pilatos em: o que é a verdade?



Wilma Rejane

Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? 

Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.

Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade? 

E, dizendo isto, tornou a ir ter com os judeus, e disse-lhes: Não acho nele crime algum.Mas vós tendes por costume que eu vos solte alguém pela páscoa. Quereis, pois, que vos solte o Rei dos Judeus?Então todos tornaram a clamar, dizendo: Este não, mas Barrabás. E Barrabás era um salteador.

João 18:37-40


O que é a Verdade? A pergunta de Pôncio Pilatos dirigida a Jesus é a representação literal da busca pela essência de algo ou alguma coisa que está oculta e necessita ser desvelada. Jesus se refere à Verdade como algo único e universal, um valor intrínseco, próprio dos que lhe seguem. A verdade, assim, seria responsável por motivar um tipo de comportamento específico; o comportamento dos que ouvem a voz de Jesus. 

Pilatos parece não compreender e replica: " O que é a verdade?". Ora, há no diálogo, um desentendimento entre a Verdade apresentada por Jesus e a verdade buscada por Pilatos. Pilatos não entende a Verdade como uma Pessoa, no caso, a Pessoa de Jesus. Pilatos estava diante da Verdade, porém, persistia na busca como se estivesse alheio ao significado das palavras de Jesus. Notadamente, Pilatos não estava entre os que se mostravam sensíveis à voz de Jesus, pois, "ouvir" Jesus não é o mesmo que O escutar; é compreender, reconhecer, seguir, obedecer, enfim, amá-Lo. 

O natural e o sobrenatural na caverna de Elias

Banco de imagens Google
Wilma Rejane

E ali Elias entrou numa caverna e passou a noite; e eis que a palavra do Senhor veio a ele, e lhe disse: Que fazes aqui Elias?E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo Senhor Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada, e só eu fiquei, e buscam a minha vida para ma tirarem.

E Deus lhe disse: Sai para fora, e põe-te neste monte perante o Senhor. E eis que passava o Senhor, como também um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as penhas diante do Senhor; porém o Senhor não estava no vento; e depois do vento um terremoto; também o Senhor não estava no terremoto;

E depois do terremoto um fogo; porém também o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada.E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias?

1 Reis 19:9-13


Elias na caverna do Monte Horebe tem sido uma mensagem poderosa para meu ser. Por dias e dias tenho refletido sobre isso e buscado conhecer de que forma aquele profeta foi impactado pela voz de Deus naquele lugar. Primeiramente, o fato de um homem de Deus, notadamente cheio de sabedoria e unção, estar escondido, solitário, já causa estranhamento. A  Caverna em Horebe era um  lugar sem horizonte, que se afunilava, sem saída para outras regiões. O lugar de entrada era o mesmo da saída, portanto, o olhar de Elias para fora, conduzia-o às mesmas lembranças que motivaram sua estadia na caverna: ameaças, perseguição. As boas lembranças sobre o cuidado, proteção e poder de Deus, eram como uma fumaça se esvaindo por meio do medo que naquele instante era forte como redemoinho.   

Antes de comentar detalhadamente sobre Elias na caverna no Horebe, se faz necessário relembrar um pouco de sua trajetória anterior ao momento de reclusão. Elias foi um profeta do reino do norte de Israel durante meados do século nono A.C. A menção inicial à sua pessoa se encontra em I Reis 17 quando ele prediz  uma grande seca no período de reinado de Acabe e sua esposa Jezabel. A Palavra diz que Acabe e Jezabel serviam ao ídolo Baal ( I Reis 16: 31,32). Baal era o principal ídolo dos cananeus e fenícios e simbolizava as forças produtivas da natureza; chuva, vento, ar, fogo, terra. No Egito, Baal ficou conhecido como deus da tempestade. Portanto, os adoradores de Baal acreditavam que ele estava no comando de toda a natureza e que a cada sete a face da terra era renovada por seu poder..

O profeta Elias, conhecedor da idolatria instalada em Israel, multiplicada no reinado de Acabe, torna-se porta voz de Deus para a nação, especialmente contra o culto a Baal. Como parte de sua mensagem, Elias enfatizava a seca, a fome, um grande período de escassez advindo do próprio Deus que rejeitava o culto a Baal. Deus, dessa forma, estava a dizer que Baal nada podia, não possuía qualquer domínio sobre a natureza. A nação deveria reconhecer a soberania de Deus e Seu domínio absoluto sobre a natureza. Como consequência por confrontar Baal, Elias é perseguido, jurado de morte. Ele era visto como alguém que desagradava Baal, provocava sua intemperança. Elias então marca um confronto direto com os 450 profetas de Baal no monte Carmelo. Lá Deus faz descer fogo do céu consumindo o holocausto ofertado por Elias e também os falsos profetas. 

Breve reflexão sobre mães e filhos





Wilma Rejane


Há milhares de anos nascia em Belém da Judeia: Jesus, o Messias Salvador. Filho de Deus, gerado pelo Espírito Santo no ventre de uma mãe, chamada Maria. Esse acontecimento marcou de forma definitiva a humanidade e revelou a excelência do dom materno. Maria ficou sendo a "theotokos" ou seja: Portadora de Deus, no sentido de que conduzia em seu ventre a revelação de Amor maior, as Boas Novas para humanidade. Toda mãe tem (ou deveria ter) o dom e a missão de ser essa portadora de Deus a conduzir os homens para o caminho do bem. 

E é a narrativa Bíblica que me inspira a acreditar que ser mãe é algo que transcende em espiritualidade, vai além do sangue, dos laços de parentesco. Como explicar o fato de mulheres adotarem crianças como filhos e amarem com a intensidade de quem os carregou no ventre? Mãe é alma geminada porque é uma com o filho para sentir o que se passa nele, como se nela fosse. Mães amam, apesar de tudo. Um amor altruísta que pensa mais na felicidade do outro do que na sua própria.

Há um provérbio Bíblico que diz: " a mulher sábia edifica sua casa, mas a tola derruba com as próprias mãos." Pv 14:1.


Solidão na era dos milhares de amigos


João Cruzué

A era da massificação digital já começou. Quem assistiu o filme "O Substituto" de Jonathan Mostow, protagonizado por Bruce Willis vai entender como é: seres humanos isolados e deprimidos em suas casas, sendo representados por robôs-sósias, avatares humanos, sempre jovens, bem vestidos, representando socialmente durante o dia. E quando a noite chega, voltam para seus cabides, enquanto seus "originais" levantam-se sozinhos em uma casa vazia. Sozinhos, com milhares de seguidores zumbis no twitter e no Facebook. A era do paradoxo real-digital. 

A família não mais se comunica verbalmente. A filha, no quarto, pede um remédio para a mãe, na cozinha, por um SMS. A vizinha  tem um perfil no Facebook onde coloca as fotos da última viagem, que o esposo ainda nem viu. 

O artista decadente digita algumas vezes por dia  seus bilhetes no twitter que a maioria não lê. Envia centenas de pensamentos e frases pelo Facebook, que a maioria não presta atenção. 

Todo mundo postando e pouca gente lendo.Todos se comunicando e relacionando em um processo    relacionamento social de faz de contas - que na verdade não passa de um monólogo transmitido por programas-robôs, como no filme "Matriz". A massificação de mensagens que leva ao fastio.

Para onde isto nos leva?

A vida de Sansão por uma perspectiva familiar



Wilma Rejane


A história sobre vida e ministério de Sansão  comove profundamente: o desfecho trágico de um homem que nasceu sob uma grande promessa de Deus para a nação de Israel, muito nos ensina. As circunstâncias de seu nascimento são sobrenaturais, sua mãe, recebe o anúncio do nascimento de Sansão através de um anjo de Deus, pois, este ascende ao céu de modo espetacular (Juízes 13:19,20). E devido a profecia sobre Sansão, havia uma expectativa de que sua vida fosse, de fato, cheia de glamour: força inigualável, eleito para governar, amado pelos pais, belo à vista. Contudo, vemos Sansão lutar constantemente contra suas paixões, até, por fim,  ser vencido por elas. Sansão, apesar de toda força, é o protótipo de um homem, humano por demasia, e Deus, através da vida de Sansão, revela Sua graça e misericórdia infinita.

Apesar das críticas sobre seu temperamento e comportamento, Sansão é listado na galeria de fé de Hebreus 11 como um homem vitorioso, cheio de fé e bravura (Hebreus 11:32,34). O que isso quer dizer? Que devemos ceder as paixões, pois, Deus nos perdoará sempre? Não, a lição que vejo na vida de Sansão é um convite ao arrependimento constante, é um alerta sobre não brincar com o pecado sob o pretexto de ser um escolhido, ter um ministério ou  ter fé. Sansão caiu tantas vezes e insistiu em caminhar pelos mesmos lugares, chegou o momento em que o Espírito do Senhor já não o acompanhava (Juízes 16:20). Quanta angústia e pavor deve ter sentido Sansão! Mas, na sarjeta da vida ele teve um reencontro com Deus, em plena festa ao deus fenício Dagom, Sansão fez sua última oração, derrotando mais homens naquele dia do que em todo seu ministério passado!

Não, Sansão não foi vingativo, a missão, a submissão a Deus estavam latentes em Sansão. O Espírito Santo do Senhor, voltou a habitá-lo, de outro modo, não teria força alguma para completar sua última missão. Este homem, então, nos ensina a não se acomodar com a queda, a encontrar o caminho de volta. Nos ensina que Deus é longânime em perdoar e aguarda o retorno de seus filhos. Nos ensina também que mesmos perdoados, sofreremos as consequências das escolhas erradas; Sansão sofreu a vergonha e a humilhação de seus inimigos, foi depurado como pelo fogo, até enfim reconhecer que era um forte homem fraco. Como diz o verso de Isaías: 

Por amor do meu nome retardo a minha ira, e por causa do meu louvor me contenho para contigo, para que eu não te extermine. Eis que te purifiquei, mas não como a prata; provei-te na fornalha da aflição. Isaías 48:9,10.