O socorro que vem do alto

 



Sermão de Dwight Lyman Moody
Tradução de João Cruzué


Eu suponho que não exista nos lábios cristãos nenhuma palavra tão frequentemente dita nos dias atuais como a palavra “oração” e não haja ninguém neste Hall, que não pensou muitas vezes durante as últimas quarenta e oito horas na importância de orar.

Durante esta semana de oração, são muitos os que não apenas estão pensando, mas falando a respeito disso. Quando há um interesse especial e um despertamento na comunidade sobre o assunto religioso, então muitos cépticos e infiéis, muitos meros professores de cristianismo – e nós não os julgaremos – começam a falar contra a oração.

Eles dizem: “O Criador deste mundo não vai mudar seus planos por causa dessas orações. O mundo segue em frente. Você não pode persuadir a Deus para mudar Sua mente e Sua conduta”. Você ouve isso de todos os lados. Os jovens convertidos ouvem isto. Eu não tenho dúvidas de que muitos estão vacilando e quando se ajoelham ainda dizem: "De fato Deus responde a oração? Existe algo de verdade nisso?

Eu creio que nesta semana de oração seria muito bom tomar a palavra “oração” e percorrer suas pegadas através da Bíblia. Não vamos ler sobre qualquer outra coisa. Eu penso que vocês ficariam perfeitamente assombrados se eu tomasse a palavra “oração” e contasse onde estão registrados os casos de pessoas orando e Deus respondendo suas orações, na Bíblia.

Muitos acham que são apenas os completamente justos e puros que oram. Mas vocês devem se lembrar daquele que orou desta forma, “ Senhor, lembra-te de mim, quando estiveres em Teu Reino”. Vocês também se lembrarão que Cristo respondeu a oração do ladrão moribundo.



Por que Jesus amaldiçoou a figueira?

 

Wilma Rejane

Era manhã de segunda feira, inicio da semana em que ocorreu a paixão de Cristo. Jesus e os discípulos estavam saindo de Jerusalém em direção à cidade de Betânia, à beira do caminho e ao longe, podia se avistar uma frondosa e convidativa figueira. O evangelista Marcos sobre a árvore comenta: “A figueira não tinha senão folhas, porque não era tempo de figos” Mc 11:13.

Figueiras são muito comuns na Palestina onde se pode encontrar pelo menos três espécies da planta.
- O figo precoce que amadurece no final de Junho
-O figo de verão que amadurece em Agosto
-O figo de inverno que é maior e mais escuro e também permanece na figueira por mais tempo, chegando a ser colhido, por vezes, na primavera.

Vale lembrar que na figueira, o que aparece primeiro são os frutos e depois as folhas. Portanto, em uma figueira com muitas folhas, seria normal encontrar frutos.  Vamos examinar o que diz os Evangelhos sobre o encontro de Jesus com a figueira infrutífera:

No dia seguinte, quando saíram de Betânia, Jesus teve fome. E vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempos de figos. Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto. E, passando pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz. Mc 11:12-20”.

Mateus descreve a passagem de forma diferente  ao  que provoca certa polêmica quanto à interpretação: “ A figueira secou imediatamente, vendo isso os discípulos, admiraram-se e exclamaram: Como secou depressa a figueira!” Mt 21:19.


Teria a figueira murchado imediatamente como afirma Mateus,  ou tempos depois de Jesus ter orado decretando sua morte como diz Marcos?   Esclarecer o tempo exato em que a figueira morre, pode ser útil, mas não é o que há de mais importante na passagem. Os céticos se prendem aos dilemas de interpretação para fundamentarem suas descrenças, desprezando o contexto.  Para o crente, contudo, não é a dúvida que prevalece, mas a certeza de que o milagre aconteceu na hora e no tempo certo sendo para Deus possível todas as coisas. 

O extremo da aflição e a providência Divina: a última vasilha da viúva endividada.


 

Wilma Rejane


"E uma mulher, das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao Senhor; e veio o credor, para levar os meus dois filhos para serem servos.

E Eliseu lhe disse: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.

Então disse ele: Vai, pede emprestadas, de todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas. Então entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos, e deita o azeite em todas aquelas vasilhas, e põe à parte a que estiver cheia.

Partiu, pois, dele, e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam as vasilhas, e ela as enchia. E sucedeu que, cheias que foram as vasilhas, disse a seu filho: Traze-me ainda uma vasilha. Porém ele lhe disse: Não há mais vasilha alguma. Então o azeite parou. Então veio ela, e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite, e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto."2 Reis 4:1-7.

O trecho base que introduz esse artigo narra a história de vida de uma viúva que morava em Israel. Segundo o historiador Josefo, ela era esposa do profeta Bíblico Obadias que fazia parte da escola de profetas liderada por Eliseu. A viúva (cujo nome não é citado), passava por crise financeira, seu esposo havia deixado uma dívida e ela não tinha como pagar. Não se sabe se a situação se arrastava por algum tempo, vindo a se agravar com a falta do marido, ou, se, de fato, o marido não geriu bem os recursos deixando a viúva e os dois filhos em aperto. Fato é que aquela família chegou ao extremo da pobreza, não havia meios de suprir as necessidades básicas de sobrevivência. E aquela mãe de família, em um ato de desespero, chama Eliseu e conta toda sua situação. O que acontece depois disso é uma conversão de situação: a miséria dá lugar a abundância.

A fé da viúva é certamente um referencial para dias de aflição. E partindo desse princípio, poderemos explorar esse relato para aprender várias outras lições para a vida prática.

I- Dias de luto: o profeta morreu. A morte do profeta evidencia seu legado. A fé em um único Deus, o testemunho de dedicação ao chamado recebido havia alcançado sua família. Na ausência do marido, aquela mulher recordou de sua fé, de sua vida exemplar, recorreu aos ambientes e pessoas que conviviam com ele. A viúva se vale do testemunho do marido para sensibilizar Eliseu que prontamente a ajuda. Aprendemos que dias de luto são dias de recordar legados. São dias que a ausência evidencia a presença, o que aquela presença significa e significou.

Além do legado de fé e obras, o profeta deixa também um legado de dívidas. O credor queria levar seus filhos como pagamento. E aqui , mais uma vez, a memória do profeta nos chama à reflexão: o fato de se viver por fé não anula o fato necessário de se planejar o presente com vistas no futuro. Pais de família têm o dever de proteger suas casas, pôr em ordem nas finanças, prover recursos que garantam o bem-estar social. Há uma passagem Bíblica em que o Rei Ezequias é advertido por profeta Isaías a colocar sua casa em ordem antes de morrer: “II Reis 20:1 Por aquele tempo Ezequias ficou doente, à morte. O profeta Isaías, filho de Amos, veio ter com ele, e lhe disse: Assim diz, o Senhor: Põe em ordem a tua casa porque morrerás, e não viverás.” Creio ser esta a vontade de Deus para seus servos; que todos tenham uma casa em ordem, em todos os sentidos. Claro que essa meta é dificultada pelos emblemas da vida, não é fácil ordenar o lar de modo que todos sirvam ao mesmo Deus, que os recursos sejam suficientes, dentre outros fatores. Contudo, essa é a meta constatada na Palavra de Deus. No momento em que há desarranjos como dívidas e incredulidade, a paz é gravemente ameaçada.


Por esses dias conheci um senhor que me contou ser evangélico e congregar em uma igreja de pastor honesto e modesto que chegava a passar fome e ainda assim recusava ofertas. O senhor me disse também que começou a adotar o mesmo estilo de vida de seu pastor, porém, como tinha seis filhos estava em grande aperto, pois, com o início do período letivo, compra de fardas e materiais escolares, teve que fazer prestações longas por não ter nenhuma reserva monetária. Ao ouvir o senhor lembrei-me desse estudo que eu havia começado a esboçar. Falei para ele a passagem que inicia esse artigo e complementei com uma breve reflexão sobre ordenar a casa, pensar no bem-estar da família. Creio que Deus proporcionou meu encontro com aquele senhor, pois, ao ouvir-me, ele pausou a fala, seus olhos encheram de lágrimas e ele disse: “senhora, meu coração estava em aperto, estava orando a Deus por uma direção e essa mensagem falou comigo de modo transformador. Preciso pensar no legado que deixarei para meus filhos. Vou agir a partir de hoje para melhorar minha situação e de minha família.”

Quando a crise nos torna mais fortes (Salmo 126)

 


Wilma Rejane


Salmo 126:1-Quando o Senhor trouxe do cativeiro os que voltavam de Sião, estávamos como os que sonham. 

O Salmo 126 foi escrito por um exilado judeu que experimentou  70 anos de deportação de Jerusalém para Babilônia. Qual o nome desse prisioneiro? Não se sabe. O que se sabe é que sua gratidão e louvor por ter retornado a Sião são e salvo está registrada como  um cântico de celebração ou um "cântico dos degraus".

E que degraus eram esses? Eram os degraus das subidas entre Jerusalém e a Babilônia (Esdras 7:9) e os degraus do templo de Jerusalém, onde ano a ano peregrinos se reuniam para relembrar a libertação do cativeiro. Cada degrau um novo cântico, um novo Salmo. No total, são quinze os Salmos denominados "dos degraus ou das romagens" do 120 ao 134.

O Salmo 126 é tão belo quanto os demais e versa especialmente sobre restauração. O autor faz uso de três metáforas para expressar a alegria do retorno para casa: um sonho agradável, as águas frescas das torrentes do Neguev e as festividades da colheita. Lendo esse Salmo, logo no primeiro verso, encontro inúmeras lições que servem de referencial para os tempos de crises, de cativeiros enfrentados por nós em determinados momentos da vida. 

O cativeiro Babilônico teve inicio em 598 a. C e nos livros dos profetas Ezequiel, Jeremias, Daniel, Ageu e Zacarias é possível constatar relatos da época, bem como dos propósitos de Deus para a nação de Israel que estava sob julgamento. No livro de Esdras há um rico relato do período de retorno da Babilônia, do mover de Deus sobre a nação de cativos que com arrependimento e choro retornaram para os seus lares.

Mas o que aconteceu com os cativos  durante os 70 anos de crise? Como encontraram forças e ânimo para permanecerem esperançosos e confiantes de que tudo iria passar e Deus estava com eles? Não deve ter sido fácil porque a Babilônia procurou de todas as formas oprimir e roubar toda esperança do retorno. E é da Babilônia que nos chegam revelações do que acontece no mundo espiritual em tempos de crise. Claro, nem toda crise é resultado do juízo de Deus sobre nós. Existe base Bíblica para afirmar que até mesmo homens justos e tementes a Deus podem passar por cativeiros terríveis, foi o que aconteceu com Jó.

Se é difícil encontrar os porquês das crises, se não há unanimidade quanto a isso, porém, há unanimidade em outro aspecto das crises: elas confrontam nossa fé e força e todos, sem exceção, precisam lidar com elas, de modo a não se deixar abater, naufragar. Por esse motivo, é que olhar para o cativeiro nos ensina. Eclesiastes 7:5 diz: "O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria." Então, vamos aprender com a casa do luto?


Algumas dificuldades vividas pelos cativos na terra da Babilônia:


Aquietai o vosso coração

 




Veneetha Rendall
Tradução:Wilma Rejane

As vezes nossa fé é abalada quando nossos sonhos são despedaçados, perguntamos onde está Deus no meio do sofrimento. Não vemos sua presença, sentimos solidão e medo, a fé parece vacilar, questionamos em que temos crido a tanto tempo, o que é real, especialmente quando nossa experiência não bate com as expectativas.

Essa oscilação incomoda profundamente; provamos a bondade de Deus, desfrutamos de uma comunhão próxima com Ele, descansamos no Seu terno cuidado, conhecemos tanto o Seu poder como o Seu amor, mas ainda assim, no meio de uma luta profunda, não encontramos respostas, apenas perguntas. João Batista compreendeu isso quando esteve na prisão. Ele, mais que todos os homens, sabia quem Jesus era. Mesmo no ventre, ele saltou de alegria na presença do Salvador que estava por nascer. No início do ministério de Jesus, antes de qualquer um dos seus milagres, João declarou, “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29), ele batizou Jesus e viu o Espírito de Deus descendo sobre Ele, testificando que Ele de fato era o Filho de Deus.

Mas ainda assim, no auge do ministério de Jesus, João enviou da prisão uma mensagem para Ele, perguntando, “És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?" (Lucas 7:19)

Em um ponto, João estava certo:Jesus era o Messias. Jesus confirmou ainda mais sua divindade realizando milagres, mas agora João estava se perguntando o que era verdade.

Os dias depois das eleições brasileiras de 2022




Wilma Rejane

Olá queridos leitores! Tudo bem?

Inicialmente destaco que este é um artigo de impressões pessoais sobre o momento político e religioso pelo qual o Brasil passa atualmente em Novembro de 2022. Não tem pretensão de ser estudo bíblico, não é profecia ou qualquer coisa do tipo, é de opinião baseado em observações, informações e também na Bíblia porquê em qualquer circunstância da vida,  o cristão precisa olhar para a palavras de Deus.

Se alguém é um leitor assíduo do blog vai lembrar que em Junho desse ano escrevi um artigo ( Aqui) falando de como a eleição de Donald Trump desencadeou um processo de descrédito para a igreja evangélica, uma vez que as inúmeras profecias sobre sua reeleição não se cumpriram. O mesmo acontece atualmente por conta da não reeleição do presidente Bolsonaro, uma vez que inúmeras foram as profecias sobre sua reeleição. Pastores, evangelistas, denominações e outros ramos da igreja estão sendo desacreditados, humilhados, objeto de chacota! Conheço pessoas que até mesmo estão com a fé abalada.

Amados irmãos, precisamos compreender que o sistema maligno que comanda as instituições mundiais estão tendo sucesso em seus planos, vocês acreditam mesmo que Biden foi reeleito nos Estados Unidos e Lula no Brasil? Não foram! Dessa forma, de uma só vez estes homens maus conseguem abalar a fé de muitas pessoas. Olhemos para Cristo, nossa fé precisa intensamente de sustentar-se em Cristo, pois é Ele quem nos sustenta. Se nos abalarmos com o tempo de guerra e injustiça promovidos pelo sistema e que frustram as profecias sobre paz, é porque não entendemos sobre o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo.

Fiquei a pensar que a igreja não deve se abalar porquê um presidente não foi reeleito, pois se formos fracos nesse tempo que ainda há liberdade, como seremos quando o sistema comunista do anticristo dominar as nações? 

O que vai acontecer daqui pra frente com o Brasil?  A oração que mais tenho ouvido nas ruas é  "Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu",  a oração que Jesus Cristo nos ensinou, o modelo necessário de gratidão e clamor, em demonstração de que o reino de Deus atua no reino dos homens com objetivo de fazer cumprir a vontade Soberana de Deus.

Nosso reino não é deste mundo (João 18:36 à 38), mas esse mundo jamais deixará de pertencer ao reino de Deus! Rogo que Deus abençoe nosso Brasil, nos ajude a amarmos a Jesus Cristo como governante de nossas vidas para que possamos agir como cidadãos de bem até o último dia da existência, diante das alegrias ou tristezas, nas tribulações e eterna esperança de redenção.

Deus o abençoe, em nome de Jesus!

Obs.: na área dos comentários escrevi sobre a profecia de Ezequiel do 12 ao 16 para o Brasil, tudo está se cumprindo!