Terremoto na Turquia e as profecias Bíblicas



Wilma Rejane

Por ocasião do terremoto de magnitude 7,8 ocorrido na Turquia e Síria no último dia 6, o artigo "Turquia, peça chave para desvendar o Apocalipse" ficou em alta nas buscas do Google com milhares de visualizações nas últimas 24 horas.

Uma leitora do artigo me escreveu com a seguinte pergunta:

"Prezada Wilma, boa tarde!

Me deparei com seu artigo 'Turquia, peça chave para desvendar o Apocalipse' ao buscar hoje informações sobre o que seria a Turquia na Bíblia, diante desse acontecimento do terremoto.

Ao meu ver, esse é o início de alianças que serão formadas, para que a mesma saia dessa situação caótica em que entra agora a partir desse desastre.

Queria muito saber sua opinião deste atual momento, agora que em 2023 se completam 99 anos da "extinção" do império califa...

Obrigada"

Como faz para ressuscitar?

 


Wilma Rejane

Qual o homem que viveu mais tempo sobre a terra? Matusalém, filho de Enoque e avô de Noé. Viveu 969 anos (Gn 5:21-32), não chegou a pisar na lama do dilúvio, mas  a fórmula de sua longevidade foi arrastada pela água para além do que os descendentes pudessem alcançar. Depois dele, não se tem notícia de mais ninguém que tenha vivido tanto!  Deus tem a fórmula dos anos de vida do homem e em determinado momento da história, ao observar a corrupção do gênero humano, decide diminuir a longevidade:

" Então disse o Senhor: não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem , porque ele é também carne; porém os seus anos de vida serão abreviados para 120 anos" Gêneses 6:3

Assim, por ordem Divina, é estabelecida uma idade simbólica como expectativa de vida. Ao invés de destruir o mundo e encerrar a história humana, recebemos mais uma chance. Amor e misericórdia nos devolvem a vida sob o planeta terra.

E nessa terra, deixada de ser jardim, nasceram cardos e espinhos simbolizando a árdua luta humana pela sobrevivência.(Gn 3:17-18). Nascer, viver e morrer, eis nosso destino. Calma ai, isso não é tudo, de outra forma, tudo seria nada! Deus preparou um plano de salvação, um prêmio, "O prêmio": aos que creem e O aceitam, lhes é concedido vida eterna com Deus. Os que rejeitam e menosprezam a graça Divina: morte eterna, inferno.

Dn 12:2-  E muitos dos que dormem no pó da terra, ressuscitarão, uns para vida eterna, outros para vergonha e desprezo eterno

João 5:29- E os que fizerem o bem, ressuscitarão para vida, e os que fizerem o mal, para ressurreição da condenação

E ainda João 11:25-26: Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?

Eis a justiça que não torna tudo vão, faz com que de um til prestemos conta. 


Em Busca da fórmula "perdida"


A grande questão do atual século é: ciência. O homem se volta para ela para resolver questões cruciais de vida e morte e nela também tem se apoiado para estabelecer sua vida social. Tiremos a tecnologia e virá a frustração. Nesse passo caminhamos, corremos, esquecendo ( ou nem lembrando) de que há um Deus e sem Ele nada do que é, teria sido! 


Zadoque e o Rio do profeta do Rio

 

Wilma Rejane

Zadoque era sacerdote, descendente de Arão, tendo transportado algumas vezes a arca da aliança. Zadoque da antiga aliança, seu nome significa: justo, fiel, honesto.  Foi Zadoque que junto com Natã,  ungiu Salomão como rei em Giom (1 Reis 1:39, 44-45). Ao ler o livro do profeta do rio-  me refiro dessa forma a Ezequiel que inicia sua mensagem às margens do Quebar, entre cativos e encerra suas profecias molhando-se nas torrentes de águas purificadoras - encontro refrigério e lições preciosas sobre legado. 

Iniciei a releitura de Ezequiel, a fim me aproximar de Deus bebendo das mesmas águas purificadoras que inundam as profecias de Ezequiel. Os momentos proporcionados pela leitura da Bíblia e da oração a Deus são incomparáveis! Não há nada nesse mundo terreno que, para mim, se compare a alegria de ouvir Deus, falar com Deus, sentir Sua presença. 

E entre um rio e outro no livro do profeta Ezequiel, encontro Zadoque. Ezequiel nos apresenta Zadoque no capítulo 48, ao descrever os limites das sete tribos de Israel. Lá está Zadoque, um nome entre tantos outros, mas com uma referência distinta, particular. É curioso, pois, do inicio do capítulo 48 até o versículo 10, Ezequiel descreve os limites das tribos, tamanho e localização, contudo, ao chegar no versículo 11, Ezequiel passa a descrever um homem  cujos limites de fé e obediência marcam um legado não apenas para sua época, mas para todos os tempos!

 “ Será para os sacerdotes uma porção desta santa oferta, medindo para o norte vinte e cinco mil canas de comprimento, para o ocidente dez mil de largura, para o oriente dez mil de largura, e para o sul vinte e cinco mil de comprimento; e o santuário do Senhor estará no meio dela. Sim, será para os sacerdotes consagrados dentre os filhos de Zadoque, que guardaram a minha ordenança, e não se desviaram quando os filhos de Israel se extraviaram, como se extraviaram os outros levitas.”Ezequiel 48: 10,11.

No caminho das Promessas de Deus


 
Wilma Rejane


“Ora o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei” Gênesis 12:1


Alguma vez você leu Gênesis 12:1 e pensou em um outro sentido para “a terra que eu te mostrarei”? Sempre associamos essa terra a  terra prometida (oriente Médio) e em um plano espiritual: a Canaã celestial, lugar dos salvos. Contudo, quero chamar sua atenção para uma "outra terra" que seria um estado de espírito, um nível de fé alcançado, na peregrinação da vida.

Abraão, nasceu em Ur dos caldeus, seu pai, chamava-se Tera. Eram dois os irmãos de Abraão: Naor e Hara (pai de Ló). Hara morreu e possivelmente por não suportar a dor das lembranças, a família parte em busca  de um outro lugar para assentar as tendas. No percurso, encontram a cidade de Hara: coincidentemente, a cidade, tem o mesmo nome do irmão morto de Abraão. Não sei se esse fato teve algum impacto para a família, o certo é que em Hara, escolheram habitar. De modo que se lê: “E foram os dias de Tera duzentos e cinco anos, e morreu Tera em Hara” Gn 11:32.

O pai de Abraão se sentiu confortável em escolher Hara como morada, cada vez que o nome da cidade era pronunciado,  provavelmente lhe vinha à mente a memória de seu filho. Tera era um homem saudoso e também idolatra. A reunião desses fatos, leva a crer que o pai de Abraão era um homem marcado pela insuperável dor da morte do filho. Abraão convivia com seus parentes, olhava para suas limitações e descrenças e se recolhia no campo para orar, interceder por eles. Abraão, amava tanto seu irmão Hara (falecido) que adota seu filho Ló. 


Judeus e gentios nas promessas de Deus

 

Firmisrael
Tradução: Wilma Rejane

Ao lermos as Escrituras  e orarmos pelas promessas de Deus sobre Seu povo, é difícil não nos perguntarmos sobre judeus e gentios. Quando lemos e interpretamos a Bíblia literalmente, podemos ver que há muitas promessas nas Escrituras. No entanto, a maioria dessas promessas foi originalmente destinada aos judeus, e não aos gentios. Portanto, é uma questão dolorosa:  as promessas de Deus também são destinadas aos gentios?

Por muitos séculos, os gentios estiveram longe do Senhor. Deus não vos deu o mesmo acesso  que deu ao povo judeu . O Senhor ainda não havia se revelado a nós. Isso contribui para a sensação de ser deixado de lado.

“…Lembrem-se de que vocês, gentios na carne, outrora… estavam separados do Messias, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo.” (Efésios 2:11-12)

Paulo, o autor de Efésios, não pretendia menosprezar nem desencorajar os gentios, lembrando-os da terrível situação de sua alienação passada. Em vez disso, ele os estava ajudando a ter uma compreensão mais profunda das incríveis bênçãos disponíveis para eles.

Judeu e Gentio no Plano de Deus

No início, os judeus tinham um meio de acessar o Senhor. Considerando que os gentios não foram nem mesmo capazes de entrar em Sua presença, eles não tinham nem a lei, nem os convênios, nem os profetas para guiá-los.

As nações foram deixadas para “buscar a Deus e talvez tatear o caminho até ele e encontrá-lo” (Atos 17:27) como fizeram Raabe, Rute e Naamã  ou escolher permanecer em seu pecado e idolatria.

Mas agora em Jesus Cristo vocês, que antes estavam longe (gentios), foram aproximados pelo sangue do Messias. Pois Ele mesmo é a nossa paz, que nos fez um e derrubou em sua carne a parede divisória da inimizade, abolindo a lei dos mandamentos... a fim de criar em si mesmo um novo homem no lugar dos dois”. (Efésios 2:13-15)

Um dia o Senhor faria de Sua casa um lugar para todas as nações! Essa realidade foi profetizada em lugares como Isaías 56 e Zacarias 8. Em outras palavras, as nações poderiam se unir a Israel de várias maneiras para se aproximarem do Senhor. Jesus abriu as portas para a presença de Deus!

Relação entre judeus e gentios na Bíblia

Em Romanos 11, o apóstolo Paulo explica a relação entre judeus e gentios como uma oliveira. Israel permanece como a raiz duradoura e os crentes gentios como ramos enxertados. Para que os gentios fossem enxertados na família de Deus, os judeus tiveram que ser cegados por um tempo. Sua cegueira não é para seu descrédito, ou algo para os cristãos gentios zombarem, mas uma ocorrência à qual devemos.

Paulo colocou desta forma: “Israel experimentou um endurecimento em parte até que o número total de gentios tenha entrado” (Romanos 11:25).

Ele dá um aviso a todos os ramos com espírito orgulhoso, dizendo:

Se alguns dos ramos foram quebrados e você, embora fosse um broto de oliveira brava, foi enxertado entre os outros e agora participa da seiva nutritiva da raiz da oliveira, não se gabe contra esses ramos. Se o fizer, considere o seguinte: você não sustenta a raiz, mas a raiz sustenta você” 

Está se sentindo sozinho?





Wallace Sousa

 
“Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação do século”. Mateus 28.20.


Quantas vezes tivemos a impressão de estarmos sozinhos, mesmo em meio a uma multidão? É estranho sentir solidão em meio a várias pessoas, não acha? Achamos realmente estranho… quando acontece com os outros… mas se é conosco, logo temos milhões de justificativas, desculpas e razões na ponta da língua para nos sentirmos assim. Temos motivos de sobra para explicar o inexplicável, afinal, no mundo relativista em que vivemos, qualquer pessoa se acha no dever de ter sua própria explicação para tudo e no direito de todos terem a obrigação que concordar com ele.

Já parou para pensar onde as pessoas se acham mais solitárias? Nas grandes cidades. Como é possível alguém sentir solidão em meio a milhares, talvez milhões de pessoas? O ser humano é gregário por natureza, ou seja, prefere a companhia de outros seres humanos e faz da amizade verdadeira, quando a encontra, um bem inegociável. Apesar disso, ainda há pessoas que preferem o isolacionismo, e por isso é que encontramos eremitas modernos.

Tendo passado um período de minha infância na zona rural, período que sempre me traz belas recordações, faço a seguinte análise e quero que você acompanhe o meu raciocínio, mesmo que jamais tenha vivido na zona rural. Nunca encontrei alguém que reclamasse de solidão nos sítios, com vizinhos que distavam por vezes quilômetros, ou seja, uma visita de cortesia significava, não raro, uma caminhada de vários minutos. Mas todos se conheciam, todos se ajudavam e todos compartilhavam o que tinham de mais precioso, a amizade, as longas e aprazíveis conversas, os “causos”, histórias sérias e engraçadas, risos e lágrimas… bons tempos aqueles!


Marxismo cultural e a perseguição da igreja




Wilma Rejane

O Marxismo cultural, surgiu nos idos de 1930 e 1968 quando um grupo de filósofos se uniu na Universidade de Frankfurt,  na Alemanha, elaborando maneiras de influenciar a sociedade a partir do Marxismo. Com grande sucesso, as ideias da Escola de Frankfurt, com destaque para Antônio Gramsci, ganharam o mundo, dominando as artes, a educação escolar em todos os níveis e demais áreas.

"O marxismo cultural é uma vertente da teoria marxista que entende que a transformação da sociedade e da política é feita com base em esforços académicos e intelectuais contínuos para subverter a cultura ocidental. A revolução tomará o poder não pelas armas, mas pela destruição de valores e crenças tradicionais que serão substituídos pelos valores revolucionários. A modalidade marxista cultural surge a partir dos escritos de Antônio Gramsci." 

Me familiarizei com o assunto ao me graduar e pós graduar em Filosofia e cursar graduação em Sociologia, tudo em universidades publicas. Convivi por anos no ambiente insólito das universidades, notadamente irrigado por ideologias comunistas que norteavam os conteúdos didáticos e comportamentos tanto de discentes quanto de docentes.

Contudo, o que me fazia permanecer e prosperar era a certeza de que Deus tinha um propósito para mim em tais ambientes, era a certeza de quem eu era em Cristo Jesus. Nunca discuti ou confrontei meus professores, fui aprendendo com a Filosofia a argumentar e com o Espírito Santo sobre " o que e quando argumentar". Há um provérbio Bíblico que diz:

"Sendo os caminhos do homem agradáveis ao Senhor, até a seus inimigos faz que tenham paz com ele" Provérbios 16:7.

Sim, Deus tinha um propósito para mim nos cursos de Filosofia e Sociologia, pude realizá-lo quando fui chamada a ministrar tais disciplinas nas escolas de Educação Básica, até então só ministrava Ensino Religioso. Pude, então, dialogar com os alunos sobre os perigos e armadilhas do Marxismo cultural, sobre sua influência na sociedade e a necessidade de transformar a mente para conhecer a vontade de Deus. Permanecer naqueles ambientes insólitos me preparou para identificar e combater o Marxismo cultural junto aos jovens.

Núcleo criador da Escola de Frankfurt na Alemanha

A sociedade tanto do Brasil como em outros países,  está completamente dividida e o marxismo cultural é um dos grandes responsáveis por tamanha destruição. O diabólico poder do comunismo se arraigou nas sociedades dando ocasião para prática do pecado e vice versa. A mulher, a família, a igreja, o trabalho, tudo foi sendo destruído e sem qualquer poder bélico, vidas foram captadas, alienadas, se tornando contrárias a Deus, vitimizadas para serem acolhidas pelo Estado,  o mesmo que as dividiu.

A triste verdade é que o Marxismo cultural que possuí aparência de inclusão, já domina muitas denominações e lideres religiosos. Quando um cantor que outrora era conhecido por compor louvores espirituais chega ao ponto de afirmar que a melodia do hino da harpa cristã "alvo mais que a neve" é racista, está mais que comprovado que a arte, inclusive musical, se certifica na vida de muitos pelo conteúdo Marxista.

Eis o "X" da questão: muitos foram se tornando comunistas de modo consciente, outros, sem se darem conta, uma vez que o comunismo é ofertado de forma cultural, nos outdoors espalhados pelas cidades, nas capas de revistas físicas e digitais, nas vitrines de perfumes, na indústria da moda, de entretenimento, até mesmo nos desenhos infantis.

Ao se desejar e consumar o desejo, com a prática de toda ideologia marxista que permeia o cotidiano que torna "natural" o que é pecado, forma-se o discípulo. Falo da prática do pecado, motivado culturalmente, pela divulgação em massa de ideologias contrárias à santidade, por exemplo: uma certa empresa que utiliza em campanha publicitária casais homoafetivos gerando entusiasmo pela causa, adesão à ela; uma denominação que cultiva discurso de inclusão levando para seu púlpito pessoas não convertidas para ministrar.

No Brasil, com a implementação do comunismo em curso, é possível que a população seja pressionada a aceitar e acatar o marxismo cultural, um exemplo disso é a imposição da linguagem neutra já adotada nos eventos oficiais do atual governo "todes". 

É preciso compreendermos que tudo está engendrado, programado para destruir a obra de Deus nessa terra, é isso que o comunismo faz, promove as obras das trevas e tenta destituir Deus do coração humano. "Naturalizar o escândalo" é a norma, oprimir os filhos de Deus. Percebamos que toda destruição e morte estão sendo realizadas sem a necessidade de armas e bombas, tudo acontece no campo da mente e do espírito.

Pois os filhos deste mundo são mais astutos no trato uns com os outros do que os filhos da luz. Lucas 16:8

Apesar de todos os males que existem

 


Wilma Rejane


“Por que dura a minha dor continuamente, e a minha ferida me dói e não admite cura? Serias Tu para mim como um ilusório ribeiro, com águas que enganam?” Jeremias 15:18

A angústia do profeta Jeremias é marcada por interrogações, ele vive um momento de crise na fé. Um homem de Deus, escolhido desde o ventre materno, com um relacionamento intimo e real com Deus, como poucos em sua geração, como poucos nesta vida. A angustia tinha agravante na corrupção e sofrimento de uma nação sendo levada em cativeiro, e nesse momento, Jeremias questiona sobre perdão, bondade e misericórdia. Ele não quer admitir que um Deus bom e justo possa retribuir mal com mal. Estaria ele enganado, iludido sobre Deus?

Jeremias em seus questionamentos revive um antigo enigma teológico: “Por que um Deus bom permite que coisas más aconteçam?”. O mal no contexto aqui exposto é consequência do pecado de uma nação. O declínio e morte de Israel era uma correção, o cumprimento de uma sentença contra a ausência de moral, de temor. Era difícil compreender, mas mesmo naquela catástrofe Deus agia com amor, o mal do cativeiro era necessário para prevalecer o bem, um bem maior.

Mas nem  todo o mal é consequência do pecado, um exemplo? Jó. Sofreu horríveis males: luto, enfermidades, solidão, injustiças sociais, calúnias e também viveu suas crises: “Quantas culpas e pecados tenho eu? Notifica-me a minha transgressão e o meu pecado” Jó 11:23. Jó não compreendia o porque de tanta desgraça; seria ele mesmo a origem do mal?