A Copa dos Sem Religião



Querendo a FIFA ou não, em um jogo de futebol da Copa do Mundo, um jogador evangélico, tocará a bola para um jogador espírita, que cabeceará para um atacante católico e que procurará marcar o gol na rede de um goleiro kardecista. Não dá pra negar, religião e futebol não se discute. Acho que a FIFA está preocupada com coisas que estão fora de sua alçada. Jogo é jogo e em uma disputa pela vitória qualquer ajuda divina é válida.

Todos sabem que nesta copa a FIFA proibiu as manifestações religiosas após os gols dos jogadores como mensagens nas camisetas, pulseiras, símbolos e afins que lembrem a tendência religiosa do jogador. A FIFA ''crê'' que os gols devem ser celebrações humanas e devem ser oferecidos à pessoas e não à Deus ou divindades. Que ordem será que os jogadores evangélicos (que sempre são os mais perseguidos) seguirão? Negarão à Deus ou aos homens? Vencerá a onipotência de Deus ou a do Futebol?

Enfim, acho essa proposta da FIFA uma imbecilidade sem tamanho, uma vez que ela sai do seu âmbito de ação para entrar no campo da fé pessoal de cada jogador. A FIFA não pode e nem deve arbitrar sobre tais assuntos, sua dimensão é esportiva e não cabe a ela discutir o que é lícito ou não em cada comemoração.

Celebrar é uma característica humana, de alegria e felicidade, é saudável celebrarmos vitórias. Não importa a quem oferecemos. Não estou aqui defendendo nenhuma religião, mas a liberdade de celebrar da forma que o jogador bem entender, uma vez que o alvo da competição é o gol, e a quem o faz é dado o direito de celebrar como bem entender.

Essa norma proibitiva é uma demonstração de que nenhuma ajuda divina será bem vinda na Copa do Mundo da Africa do Sul de acordo com a FIFA, resto-nos portanto acreditar somente em Dunga e em seus galácticos, porém limitados jogadores. Enfim, que eles joguem lá, enquanto oramos aqui!

Artigo do Pr. Bruno dos Santos
em guiame.com

2 comentários:

Greice Amorim disse...

De certa maneira, se me permite contestar, acho que Deus está pouco interessado neste tipo de manifestação ou "oferenda". E penso que a frase: "Não importa a quem oferecemos." Foi infeliz.
Sabemos que a atitude de proibir qualquer tipo de manifestação estrapola. Mas botar tudo na mesma barca e achar tudo muito lindo e muito maravilhoso não é cabível.

Wilma Rejane disse...

Olá Greice,

Não conceituo de "oferendas" as comemorações que os jogadores evangélicos fazem após um gol. Vejo como uma forma de creditar a Deus o bom desempenho, e me atrevo a dizer que Deus se interessa pelos que assim agem, quando o fazem de coração e não como marketing.

Quanto a frase "não importa a quem oferecemos", entendo que o autor quis expressar a liberdade de crença, a pluralidade religiosa que obviamente está presente na copa.

Creio que o desejo sincero de todo verdadeiro cristão é que as nações amem e adorem ao Único e verdadeiro Deus, mas se isso não acontece...que não seja motivo de guerra, porque do contrário teríamos que deixar o mundo, não é mesmo?

Ou seja, melhor seria nem ir até a Africa pois sabemos que lá existe uma vivência atuante das religiões
ocultistas.

Serás sempre bem vinda.

Deus a abençoe com toda sua família.