O Caso da Professora Evangélica Roseli Tadeu





Wilma Rejane

Todos os dias, a professora de história Roseli Tadeu segue a rotina de anos . Reserva alguns minutos do inicio da aula para fazer uma reflexão sobre a vida, baseando-se na Palavra de Deus. Em depoimento ao Diário do grande ABC uma aluna afirmou.

"Maria Aparecida de Matos - Há 1 ano atrás , eu estava com problema serio na família .. devido a separação com o esposo . Sou católica , mas graças as reflexões que a professora Roseli faz na escola que ajudou minhas filhas que estuda na mesma escola , elas chegavam em casa falando do alivio que trazia quando a professora fazia as Reflexões ." 

Esse fato que poderia ser motivo de conforto e alegria para a escola e alunos da professora evangélica, se tornou essa semana caso de polícia ganhando repercussão nacional. Roseli e a escola  poderão responder processo administrativo e ainda serem  punidos com multa que varia de 9.200 a R$ 18,4 mil. A queixa crime contra a professora partiu de um aluno umbandista que disse se sentir perseguido e agredido por não comungar da mesma crença. Eis o depoimento do pai do garoto que cursa o 2º ano do ensino médio na Escola Estadual Antônio Caputo, no Riacho Grande em São Bernardo:



"Desde janeiro, ele sofre ataques. Primeiro, uma bola de papel lhe atingiu as costas. Depois, ofensas graves aos pais, que resolveram agir. "Ficamos abalados", disse Silveira. "A própria escola não deu garantias de que meu filho terá segurança."

Enquanto o aluno tem seu nome e rosto preservados diante da mídia, a professora está sendo execrada de forma impiedosa pela imprensa que apresenta a notícia com parcialidade e sem ouvir o outro lado da história. Em nenhum momento a professora foi ouvida, mas é possível fazer uma análise do caso, conferindo os inúmeros comentários de ex-alunos que saem em defesa de Roseli:




Larissa:"TUDO MENTIRA,ela nunca apareceu com uma Bíblia na mão,nunca obrigou NINGUÉM a mudar de religião,que atitude ridicula,muitas coisas que ela já leu p/ nós fazia a gente se empenhar mais na escola e na vida,tenho toda certeza que a maioria dos alunos estão a favor da Prof Roseli que é mt maravilhosa com td mundo !"

Jenny Estrela: Eu sou ex aluna da professora Roseli...ninguém pode falar da professora Roseli, Ela não fazia RITUAIS na sala de aula...ela só pedia para a gente separa 5 minutinhos para conversa com Deus e se o aluno não quisesse não era obrigado...Primeiro essa reportagem tem que assistir a aula e depois falar.

Jhéssica Oliveira 2º E: Bom sou aluna dessa professora e o que escreveram tem NADA A VER COM A REALIDADE a professora Roseli NUNCA COLOCOU UMA BÍBLIA EM SALA DE AULA Nunca falou para os alunos QUAL RELIGIÃO SEGUIR ! Ela apenas lia suas reflexões p nos ajudar só quem é aluno sabe o que realmente se passa ! Estamos com você Roseli.

Como professora de Ensino religioso, sei que a lei de Diretrizes e base em seu artigo 33 proíbe toda e qualquer forma de proselitismo em sala de aula:

Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. (Redação dada pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997)

Já passei por situações bem constrangedoras em minha profissão: Tive cadernetas supervisionadas pela Secretaria de Educação que me advertiu: "Conteúdo direcionado ao Cristianismo, precisamos conversar". Fui conversar com a coordenadora regional que me sugeriu organizar uma aula passeio com os alunos a um terreiro de umbanda. Cristianismo faz parte do conteúdo programático do Ensino Religioso, bem como: Islamismo, Budismo, Hinduísmo, porém nenhum desses segmentos incomoda ou ameaça mais que falar de Jesus. 

Esta sou eu com uma pequena turma de Educação de Jovens e Adultos


A mesma LDB que proíbe o proselitismo, em seu artigo 26,  concede ao estado obrigatoriedade para conteúdos de cultura Afro:

Artigo 26: § 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia.

E quando se fala em cultura africana inclui-se o culto afro sua origem e influência. Isso não parece agredir - pelo menos até aqui nunca foi noticiado - que alunos cristãos evangélicos ou católicos romanos, tenham tratado o fato como crime ou bullyng. A palavra "Diversidade", tão em moda, parece servir apenas para amparar os que se julgam minoria. 

Religião é mesmo caso de policia, guerra, vida e morte quando o coração da sociedade se mostra corrompido pela falta de amor: todos querem ser aceitos pelas suas "diferenças", mas não querem respeitar a "diferença" do outro.

O que se convém avaliar é : por que o cristianismo é tão fortemente combatido nas escolas a despeito de outras formas de culto?  Distribuir Bíblias em escolas é crime, pode dá cadeia, mas distribuir camisinha e kit de incentivo a homossexualidade não é? 

Falar sobre espiritualidade e orientar os alunos a caminharem com ética e moralidade é uma necessidade gritante. Por vezes, é possível tocar o pesado manto de influência maligna que se instala em sala de aula gerando contendas e desordem. Nem conto as vezes em que vi um redemoinho se formar em sala de aula e eu orando baixinho clamei pelo nome de Jesus. 

Meu esposo é professor de Física e Química e algumas vezes, aplica o método utilizado pela Roseli: fazer uma reflexão nos primeiros momentos da aula. Em uma das vezes, em que citava um versículo do Evangelho de João: "Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará", uma aluna manifestou demônio causando tumulto. A aula foi suspensa e os familiares chamados. Esse ato de transmitir Vida aos alunos, pode ser chamado de crime? Ou crime maior é se omitir diante das mazelas morais, éticas e espirituais que inundam os jovens?


Grupo de alunas do 2º ano do ensino médio desenvolvendo o projeto "Nave Física" sob orientação de meu esposo Franklin (o 1º a direita). Ele faz reflexões em sala de aula.

Deixo aqui meu apoio a professora evangélica Roseli Tadeu e minha indignação a alguns segmentos da mídia, que como bem destacou o blogueiro Júlio Severo: "Apenas repete informação sem apurar fatos". Sugiro a Associação Federativa da Cultura e Cultos Afro Brasileiros que reflita sob o ato de processar a professora de História que autorizada por sua especialidade, certamente já dissertou sobre cultura e culto Afro sem que para isso tenha sido denunciada como criminosa.

4 comentários:

Wallysou disse...

parabéns, Wilma.

post bem ponderado e sensato.

pena que a imprensa já parece ter julgado e condenado a profª Roseli, sem direito a defesa ou contraditório.

muito bons os pontos que vc levantou sobre a questão.

abs, apz.

Cidade de Arapeí disse...

É lamentável mesmo este caso, mas verdade é que o cristão é sempre muito atacado mesmo, inclusive esta lei contra a homofobia, querem respeito mas não respeitam, querem seu direitos reconhecidos ainda que para isso tenham que ferir o direito de outros!
Que Deus ajude a professora Roseli.
Bjs

missionário Romualdo disse...

A PAZ DO SENHOR SOU SEGUIDOR DESTE BLOG E LENDO ESTA POSTAGEM VEMOS A CONFIRMAÇÃO DO QUE JESUS CRISTO DISSE: Joã 16:33 Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.

E ESTA É A RAZÃO PELA QUAL PRECISAMOS MANTER A CHAMA DO EVANGELHO ACESA EM NOSSO CORAÇÃO VENHA O QUE VIER, JESUS JÁ VENCEU E COM ELE SOMOS MAIS QUE VENCEDORES.
MISSIONÁRIO ROMUALDO M.O
http://www.blogger.com/home?pli=1

Luis disse...

Comentário bem adequado. A professora está sendo DIFAMADA e AMEAÇADA. Além do pai do menino que, supostamente, sofria bullying, centenas de pessoas fazem ameaças de todo o tipo, inclusive de morte, ao estupro e atos libidinosos.